A Azul divulgou que o processo de recuperação judicial nos EUA inclui um financiamento de US$ 1,6 bilhão e até US$ 950 milhões em aportes de capital. A empresa também informou que a medida vai eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas, buscando fortalecer sua posição financeira a médio prazo.
Continuidade operacional e reação do mercado
A decisão de entrar com o pedido de Chapter 11 foi antecipada pelo Valor nesta terça-feira. Segundo a companhia, suas operações e vendas de bilhetes continuam normalmente, sem alterações para os passageiros, garantindo a rotina do setor de aviação.
Apesar da tranquilidade operacional, a reação do mercado foi negativa. Nas negociações na Bolsa de Nova York, as ações ADR da Azul chegaram a cair 30%, atingindo o valor de US$ 0,35 antes da abertura do mercado formal nesta manhã. A Bolsa brasileira abre às 10h.
apoio dos principais credores e parceiros estratégicos
A Azul conta com o apoio de parceiros estratégicos como United Airlines e American Airlines, além de seus principais credores, incluindo a AerCap, maior arrendadora de aviões da empresa. A dívida com a AerCap representa a maior parte das obrigações de leasing da companhia.
John Rodgerson, CEO da Azul, afirmou em comunicado: “A Azul continua a voar – hoje, amanhã e no futuro. Esses acordos (com os credores) marcam um passo significativo na transformação do nosso negócio, pois nos permitirá emergir como líderes do setor nos principais aspectos da nossa atividade.”
Contexto e dificuldades enfrentadas
A companhia vinha enfrentando dificuldades financeiras há meses, atribuindo sua situação à pandemia, turbulências macroeconômicas e problemas na cadeia de suprimentos da aviação.
Perspectivas futuras
A empresa informou que o processo de recuperação judicial marca uma transformação na gestão e na estrutura financeira, com o objetivo de garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo. O apoio dos credores e parcerias estratégicas será fundamental para o processo de recuperação.
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