Brasil, 29 de maio de 2025
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Azul entra com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos

A companhia acionou o Capítulo 11 da Lei de Falências, eliminando mais de R$ 11,28 bilhões em dívidas e afetando drasticamente suas ações.

Nesta quarta-feira (28), as ações da Azul despencaram após a empresa anunciar que entrou com pedido de proteção sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, mecanismo semelhante à recuperação judicial no Brasil. A medida visa reestruturar suas finanças em meio a uma crise que já acumulou uma queda de 70% no valor de mercado ao longo do ano.

Reação do mercado e impacto nas ações

Antes da abertura do mercado nos Estados Unidos, as ações da Azul chegaram a cair 40%. Por volta das 10h45, a perda na bolsa brasileira era de aproximadamente 6%, até que os papéis foram submetidos a um leilão, procedimento acionado para evitar oscilações extremas no preço das ações e garantir maior estabilidade para os investidores.

Dossiê financeiro e objetivos do processo de recuperação

O pedido de proteção permite que a Azul continue operando normalmente enquanto trabalha na estruturação financeira. A companhia planeja reduzir significativamente seu endividamento, contando com US$ 1,6 bilhão em financiamento e mirando a eliminação de mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11,28 bilhões) em dívidas, além de contar com US$ 950 milhões em aportes de capital após a saída do processo.

Manutenção das operações e apoio dos stakeholders

Segundo a Azul, durante o processo, continuará operando normalmente, mantendo seus compromissos com clientes e parceiros. A empresa destacou o apoio de seus principais stakeholders, incluindo detentores de títulos, sua maior arrendadora, a AerCap, além dos parceiros estratégicos United Airlines e American Airlines.

Causas das dificuldades financeiras

John Rodgerson, CEO da Azul, atribui os desafios financeiros à pandemia de Covid-19, às turbulências macroeconômicas e aos problemas na cadeia de suprimentos da aviação. Apesar de já constar no mercado o mau momento da companhia, o pedido de recuperação judicial também gerou uma forte reação negativa, especialmente na bolsa de Nova York.

Contexto do setor aéreo brasileiro

Até então, a Azul era a única companhia aérea no Brasil a não ter recorrido a um processo de recuperação judicial para reestruturar suas finanças. A Gol, por sua vez, já entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos em janeiro deste ano. Fonte

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