O caso de Teddy, um cão de serviço treinado para ajudar uma menina de 12 anos com autismo, ganhou grande destaque e gerou preocupação em diversas esferas, especialmente após a TAP, a companhia aérea portuguesa, proibir o embarque do animal. A situação começou quando a família de Alice, a jovem que depende do cão para suporte emocional, tentou viajar para Portugal, mas encontrou barreiras que complicaram o retorno da menina ao lado de seu fiel companheiro.
A situação de Alice e Teddy
Teddy foi especialmente treinado para acompanhar Alice e ajudá-la a prevenir crises emocionais que podem ser extremamente desafiadoras. O cão é um recurso terapêutico essencial, permitindo que a jovem se sinta mais segura e equilibrada. Após 45 dias afastada de Teddy, Alice começou a demonstrar sinais de desregulação emocional, o que trouxe preocupação à família e a especialistas que observam a relação entre o animal e a menina.
Apesar de uma ordem judicial que autorizava o embarque de Teddy como animal de apoio na cabine, a companhia alegou que o cão não possuía a documentação necessária, conforme os padrões internos da TAP. A empresa sustentou que o cumprimento da decisão judicial poderia comprometer a segurança a bordo, um argumento que gerou indignação na família e na comunidade.
Documentação e exigências da TAP
A família de Alice contestou as reivindicações da TAP, afirmando que o certificado do animal é aceito pelo governo português e que, no momento da compra das passagens, a exigência para documentação não havia sido apresentada. Os pais de Alice sentiram-se profundamente frustrados, não apenas pela separação prolongada, mas também pela falta de clareza e apoio da companhia aérea nesse processo.
Impacto do cancelamento e repercussão na mídia
A questão chamou a atenção da imprensa portuguesa, especialmente após o jornal Correio da Manhã publicar que o cancelamento do voo teve um custo estimado em R$ 3,2 milhões, elevando ainda mais a repercussão negativa sobre a TAP. A situação foi amplamente discutida nas redes sociais, com pessoas expressando solidariedade a Alice e sua família, e criticando a postura da empresa.
A busca por uma solução
Atualmente, a validade do Certificado Veterinário Internacional de Teddy expirou, o que impossibilita uma nova tentativa de embarque até que um novo documento seja emitido. Uma nova audiência judicial está marcada para a próxima semana, o que pode definir o futuro de Teddy e sua reunificação com Alice.
Dúvidas e perguntas frequentes
A história de Teddy gerou várias perguntas e preocupações. É importante ressaltar que cães de serviço têm um papel crucial e não podem ser tratados como animais de estimação comuns. Especialistas na área de bem-estar animal e terapia têm se manifestado sobre a importância de permitir que esses cães viajem com os seus usuários, pois a função que desempenham é vital não apenas para a saúde emocional dos indivíduos, mas também para a segurança deles durante as viagens.
Posição da TAP e o que pode ocorrer a seguir
A TAP reiterou sua posição de que seguir as ordens judiciais comprometeria seu manual de operações. Contudo, essa justificativa caiu na mira de críticas e protestos de diversas associações de defesa aos direitos dos animais e pessoas com deficiência. Caso a nova audiência não favorável a Alice e Teddy, o que ocorre em circunstâncias semelhantes pode iniciar um debate maior sobre a legislação aplicada nesse tipo de situação e o papel de companhias aéreas na acolhida de animais de serviço.
Enquanto isso, a luta pela reunificação de Alice e Teddy continua, destacando a história de amor e apoio incondicional entre um cão e sua parceira, além das lacunas existentes nas políticas de companhias aéreas e suporte a pessoas com necessidades especiais.
Mais informações sobre a situação da criança e do cão de serviço estarão disponíveis após a audiência judicial marcada para a próxima semana.