Brasil, 29 de maio de 2025
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Silva garante que criação de unidade de conservação na Amapá não impede exploração de petróleo

Ministra do Meio Ambiente afirma que nova unidade de conservação no Amapá não impedirá operações de petróleo na região, incluindo perfuração da Petrobras

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou nesta terça-feira que a criação de uma unidade de conservação marinha na Margem Equatorial, no Amapá, não impedirá a exploração de petróleo na região, mesmo com pedidos de licença feitos pela Petrobras para perfuração de blocos. A discussão ocorreu durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, onde a ministra respondeu a questionamentos de parlamentares preocupados com impactos econômicos e ambientais.

Proteção e exploração coexistem na Margem Equatorial

Marina Silva explicou que, segundo o planejamento do governo, a criação da nova unidade de conservação, que poderá abranger até 35 milhões de hectares, não envolve restrições às atividades de pesquisa e exploração de petróleo na área. A nossa preocupação não é com os blocos de petróleo, é que vai engessar os investimentos do estado, afirmou ela. A ministra garantiu que estudos e processos já estabelecem que obras como oleodutos, gasodutos e portos podem ser realizadas sem prejuízo à conservação.

Histórico do processo e guarda do meio ambiente

De acordo com Silva, o projeto de criação da unidade de conservação começou em 2005, e os estudos recentes não tiveram como objetivo inviabilizar os empreendimentos. Não foi feito para isso. Recentemente, há uma circulação de informações que parecem buscar inviabilizar o empreendimento, mas não há essa intenção, afirmou a ministra.

Objetivos de proteção e desenvolvimento sustentável na Amazônia Atlântica

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) planeja estabelecer a maior unidade de conservação marinha do Brasil, que se estenderá desde a fronteira do Amapá com a França até os limites do Piauí com o Ceará. O foco principal é proteger as comunidades pesqueiras artesanais, responsáveis por cerca de 24 mil pescadores na região, ameaçadas pela pesca predatória, além de preservar áreas de manguezais essenciais à reprodução de peixes.

Impactos ambientais e sociais

Segundo Silva, a distância entre as áreas reservadas para pesquisas e explorações potencializa a preservação do bioma, sem prejudicar as atividades econômicas. Ela destacou ainda o trabalho do Ibama na análise do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF), elaborado pela Petrobras, que visa garantir a operação segura na região e reforçar as ações de proteção contra possíveis vazamentos de óleo.

Perspectivas futuras e próximas etapas

Silva afirmou que o processo de licenciamento ambiental está em andamento, e que a análise do Ibama é uma etapa final antes das operações. A previsão é que até o final deste ano sejam realizadas vistorias e simulados na região, garantindo a manutenção do equilíbrio entre a exploração econômica e a conservação ambiental.

Para mais informações, acesse a matéria completa no O Globo.

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