A Polícia Federal (PF) iniciou nesta terça-feira (27) a 2ª fase da Operação Fantasos, uma ação significativa que busca combater a prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro através de criptoativos. Esta ação ocorre um mês após a primeira fase da operação, que resultou em diversas apreensões, incluindo embarcações, carros de luxo, relógios, joias e dinheiro em espécie.
Objetivo da operação
A Operação Fantasos visa desmantelar uma rede que se aproveita da popularidade dos criptoativos para enganar investidores. Ao longo da primeira fase, as evidências coletadas demonstraram que os criminosos estavam envolvidos em um esquema que prometia rendimentos impressionantes em troca de investimentos em ativos digitais.
Nesta nova fase, os agentes da PF estão cumprindo cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais de envolvidos, localizados em várias cidades, como Rio de Janeiro, Niterói, Petrópolis e Duque de Caxias. A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens e valores que podem chegar ao montante de R$ 1,5 bilhão, o que demonstra a gravidade da situação e a determinação das autoridades em recuperar os valores lesados.
Histórico da fraude
A primeira fase da Operação Fantasos, que ocorreu no final de abril, revelou um esquema elaborado liderado por Douver Torres Braga, de 48 anos. Ele foi preso em fevereiro na Suíça pela Interpol e posteriormente extraditado para os Estados Unidos. Autoridades norte-americanas afirmaram que o Trade Coin Club, uma plataforma liderada por Braga, conseguiu enganar cerca de 100 mil investidores em todo o mundo, prometendo rendimentos de 11% ao mês com um sofisticado “robô de microtransações massivas”. No entanto, tudo era uma farsa.
A situação destaca a vulnerabilidade dos investidores em um mercado de criptoativos que cresce rapidamente, mas que ainda carece de regulamentações robustas. A PF alerta que é fundamental que os investidores estejam cientes dos riscos envolvidos e desconfiem de propostas que parecem boas demais para serem verdade.
Perspectivas futuras e ações da PF
Com a continuidade da Operação Fantasos, a PF reforça seu compromisso em combater o crime financeiro e proteger os cidadãos brasileiros de fraudes. A expectativa é que esta nova fase traga novas informações e indiciamentos, além do desmantelamento de outras células que ainda operam na clandestinidade.
Os resultados obtidos até agora servem de alerta para a população sobre os riscos associados a investimentos não regulamentados. O órgão federal reafirma a importância de denúncias e colaboração da população para que novas fraudes sejam evitadas e responsáveis sejam punidos.
Como se proteger de fraudes financeiras
Para evitar cair em fraudes como a do Trade Coin Club, os investidores devem adotar algumas práticas de segurança:
- Pesquise sempre: Antes de investir, faça uma pesquisa detalhada sobre a empresa ou plataforma.
- Desconfie de promessas de altos retornos: Rentabilidades acima do normal geralmente estão ligadas a fraudes.
- Verifique a regulamentação: Certifique-se de que a plataforma está registrada e regulamentada pelas autoridades competentes.
- Seja crítico: Analise criticamente propostas que parecem irrealistas e busque opiniões de outros investidores.
A Operação Fantasos representa mais um passo no combate a crimes financeiros, e a cooperação entre as forças de segurança e a população será essencial para a eficácia das ações futuras. A proteção do investidor deve ser prioridade, e é necessário um esforço conjunto para que a confiança no mercado de criptoativos seja restaurada.
Com uma abordagem proativa, a PF e outras entidades governamentais reafirmam seu compromisso em combater fraudes e crimes que possam prejudicar a economia e a sociedade.
Para mais informações sobre a Operação Fantasos e outras iniciativas da Polícia Federal, acompanhe as atualizações e recomendações em suas plataformas oficiais.