Brasil, 29 de maio de 2025
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Jacaré-do-papo-amarelo: o curioso nascimento e a comercialização da carne

O jacaré-do-papo-amarelo fascina com seu nascimento surpreendente e carne valorizada. Entenda a produção e as curiosidades dessa espécie.

No interior de São Paulo, mais precisamente em Porto Feliz, está localizado o único criatório de jacarés do estado, que se destaca pelo importante papel na reprodução e comercialização do jacaré-do-papo-amarelo. Esses reptiles, que possuem comportamentos surpreendentes, como emitir sons ainda dentro do ovo, estão ganhando cada vez mais espaço na gastronomia brasileira. Neste artigo, vamos explorar o fascinante processo de nascimento do jacaré e a sua carne, que vem se tornando uma iguaria apreciada em diversos pratos.

O curioso nascimento do jacaré-do-papo-amarelo

O ciclo reprodutivo do jacaré-do-papo-amarelo é tão interessante quanto seu sabor. Os ovos são postos no final de novembro e, segundo o veterinário da propriedade, Luís Basseti, cada ninhada pode gerar cerca de 25 ovos. Assim que os ovos são postos, eles são transferidos para uma incubadora quente e úmida, onde a temperatura é cuidadosamente ajustada para determinar o sexo dos filhotes.

Isso acontece porque a temperatura tem um impacto direto no metabolismo celular dos embriões. Temperaturas mais baixas, variando entre 28°C e 29°C, e temperaturas mais altas, entre 33°C e 34°C, resultam na maior parte dos filhotes machos. Já temperaturas intermediárias, entre 30°C e 32°C, produzem fêmeas. Esse método de seleção permite ao criador ter uma taxa de sucesso de 90% na determinação do sexo dos filhotes.

Após cerca de três meses na incubadora, os ovos incubados em uma caixa de palha se rompem, revelando os pequenos jacarés. Essa capacidade de se comunicarem através de sons ainda no ovo é um aspecto fascinante da biologia dessa espécie e um indicativo da complexidade de suas interações sociais, logo após o nascimento.

Comercialização da carne de jacaré

A carne do jacaré-do-papo-amarelo já não é mais novidade nas mesas dos brasileiros. Com um preço de mercado em torno de R$ 125 por quilo, ela é apreciada tanto em churrascos como em preparações cruas, como ceviches. As partes mais valorizadas incluem costelas, filés da cauda e do lombo, iscas provenientes do pescoço e das patas, além do jacaré inteiro, que é ideal para grandes eventos.

O criatório de Porto Feliz não apenas se destaca na produção de jacarés, mas também se compromete a usar todas as partes do animal. As aparas, ossos e vísceras são transformados em ração, enquanto a gordura é utilizada na produção de embutidos de jacaré. Essa abordagem sustentável garante que nada se perca durante o processo de comercialização e evidencia uma crescente conscientização sobre o aproveitamento dos animais de forma integral.

Como é consumida a carne de jacaré?

Além de ser uma opção exótica e saborosa, a carne de jacaré é rica em proteínas e possui baixo teor de gordura, tornando-a uma escolha saudável para os apreciadores da boa comida. É comum vê-la sendo servida em restaurantes especializados, onde chefs criativos exploram a versatilidade do ingrediente em pratos que vão desde os mais simples até os mais elaborados.

Os cortes nobres são frequentemente grelhados, enquanto outras partes podem ser usadas em preparações como sopas ou guisados. A combinação de temperos e a forma de preparo podem realçar ainda mais o sabor único dessa carne, atraindo tanto os curiosos como os amantes da gastronomia.

Conclusão

O jacaré-do-papo-amarelo é um exemplo notável da conexão entre a natureza e a gastronomia. Desde o curioso processo de nascimento, que envolve uma interação surpreendente entre os filhotes e o ambiente, até as possibilidades culinárias que sua carne oferece, essa espécie se destaca em vários aspectos. O criatório de Porto Feliz não apenas contribui para a preservação e comercialização do jacaré, mas também para a educação e conscientização dos consumidores sobre a diversidade da fauna brasileira.

Portanto, se você ainda não experimentou a carne de jacaré, está na hora de se aventurar nesse novo sabor e, quem sabe, fazer parte dessa nova era da gastronomia brasileira.

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