A surpresa do IPCA-15 nesta terça-feira veio da inflação de alimentos, que desacelerou para 0,39% em relação a 1,13% de abril, segundo dados do IBGE. Essa queda explica a prévia de maio, que registrou alta de 0,36%, bem abaixo da previsão dos analistas, que era de 0,46%, divulgada pelo IBGE.
Tendência de desaceleração e fatores que colaboram
Segundo André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, a expectativa é de que a inflação continue a cair em junho, pois não haverá mais influência dos reajustes de medicamentos e tarifas de energia, que elevaram temporariamente os preços neste período. “A tendência é de redução na pressão inflacionária daqui para frente”, afirma Braz.
Impacto de alimentos e outros fatores
A maior contribuição para a desaceleração do índice de alimentos foi dos produtos in natura, como tomate, arroz e frutas, que apresentaram redução de preços. No entanto, a maior variação no índice geral veio das passagens aéreas, que tiveram queda de 11%, refletindo uma retração na demanda e na tarifa aérea.
Expectativas para os próximos meses
A análise indica que, sem os reajustes de maio, a inflação deve desacelerar ainda mais em junho, iniciando uma fase de descompressão mais duradoura. A influência de fatores externos, como o clima favorável, deve continuar contribuindo para essa tendência.
Perspectivas econômicas e inflação em 12 meses
Com esses dados, a taxa de inflação em 12 meses desacelerou para 5,4%, o que indica um movimento positivo, embora ainda acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central. Segundo especialistas, essa trajetória sugere que a inflação está entrando em um ritmo de retração sustentada.
Além disso, o Boletim Focus mantém a previsão de estabilidade na inflação e elevou as projeções para o crescimento do PIB, sinalizando expectativas de um cenário mais robusto para a economia brasileira.
Entrevista e análises
De acordo com analistas consultados, os dados reforçam que, apesar da incerteza no cenário internacional, a transição para uma economia mais verde e sustentável parece cada vez mais inevitável, mesmo diante da instabilidade geopolítica e das tensões comerciais. Mais detalhes na entrevista.
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