Brasil, 1 de junho de 2025
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Inflação da alimentação no domicílio diminui em maio e deve desacelerar nos próximos meses

A inflação dos alimentos no Brasil caiu de 1,29% em abril para 0,30% em maio, com expectativa de desaceleração contínua até o segundo semestre

Os dados do IPCA-15 de maio indicam que a inflação da alimentação no domicílio reduziu-se de 1,29% em abril para 0,30% em maio, reforçando a tendência de desaceleração. Segundo Fábio Romão, economista da LCA Consultores, essa redução é consistente e deve persistir nos próximos meses, trazendo alívio para o poder de compra dos consumidores.

Segunda fase de desaceleração e fatores sazonais

Embora a queda de preços seja comum neste período do ano, neste ano ela está sendo potencializada pela gripe aviária no Sul do Brasil. Atualmente, 24 parceiros comerciais bloquearam as compras de carne de frango e outros produtos de aves em todo o país, enquanto 13 países suspenderam as importações do Rio Grande do Sul ou do município de Montenegro. Segundo Romão, essa situação pode influenciar a composição dos preços.

Perspectivas para os preços dos alimentos

Conforme projeções da LCA, os preços dos alimentos no domicílio devem subir 0,06% em maio, registrar deflação de -0,35% em junho, voltando a subir 0,17% em julho, com uma recuperação mais straightforward em agosto. A tendência é de preços mais baixos em diversos itens, como arroz, legumes, hortaliças, frutas, pescados e ovos.

O economista explica que a ampliação momentânea da oferta de aves, devido às restrições pela gripe aviária, pode reduzir temporariamente os preços dessas carnes em junho e julho, mas deve recuperar força em agosto, quando a produção voltar a normalizar.

Impactos da gripe aviária no mercado de carnes e alimentos

O surto de gripe aviária tende a elevar temporariamente a oferta de aves e ovos, provocando a queda de preços no atacado e no varejo. Essa redução pode influenciar o mercado de carne bovina, pois consumidores podem migrar para consumir mais aves e ovos, o que reforça o impacto na demanda.

Outro efeito importante foi a diminuição na demanda pelo milho, já que a produção de avicultura está reduzida. A expectativa é de que, com a fase mais critica passando até julho, os preços da carne bovina se recuperem a partir de agosto, com possível alta ao longo do restante de 2025.

Previsões para o fim do ano

De acordo com Romão, a expectativa é que os preços da alimentação no domicílio encerrem 2025 com alta de 7,6%, ligeiramente abaixo da estimativa anterior de 8,2%, devido às boas safras e à redução de preços de alimentos frescos, que já são percebidos no atacado e podem chegar ao consumidor aos poucos.

Inflação e tendências futuras

Apesar das variações momentâneas relacionadas à gripe aviária e às condições sazonais, Fábio Romão reforça que a projeção para a inflação oficial, o IPCA, mantém-se em 5,5% para este ano. Os efeitos dessa crise podem alterar as taxas mensais, mas a meta geral permanece inalterada.

Para mais detalhes, confira o relatório completo.

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