Brasil, 29 de maio de 2025
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Governador de Minas, Romeu Zema, anuncia candidatura à presidência

Indiferença entre aliados de Bolsonaro marca decisão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, de se candidatar à presidência.

Neste ano eleitoral, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou sua intenção de se candidatar à presidência da República no segundo semestre. No entanto, seu plano foi recebido com indiferença por seus aliados que orbitam em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para muitos desses aliados, Zema não representa uma ameaça, uma vez que seria visto como um político limitado ao alcance de seu estado.

A indiferença dos aliados de Bolsonaro

Conforme conversas entre interlocutores próximos a Bolsonaro, Zema não geraria preocupação. Um aliado comentou que, “ele só venceu em Minas em 2018 porque estava no lugar certo e na hora certa, se reeleger foi uma consequência de uma onda bolsonarista ainda maior”. Além disso, a falta de empenho da campanha do governador no segundo turno das eleições passadas, onde Lula acabou vencendo Bolsonaro no estado, foi apontada como um fator que diminui suas chances de sucesso.

Os planos e estratégias de Zema

Apesar da falta de apoio mencionado, como reportado pelo colunista Lauro Jardim, Zema planeja prosseguir com sua candidatura independente do apoio de Bolsonaro. A partir de setembro, ele começará uma série de viagens pelo Brasil, com um discurso focado em temas como segurança pública, inflação, corrupção e valores cristãos, tudo isso pautado por seu marqueteiro, Renato Pereira. A estratégia visa aumentar sua visibilidade além das fronteiras mineiras.

Desafios da candidatura de Zema

Zema não apenas escapa das amarras do apoio bolsonarista, mas também enfrenta desafios internos. Diferentemente de outros governadores, como Tarcísio de Freitas em São Paulo e Ratinho Júnior no Paraná, as chances de Zema serem vistas como competitivas no cenário nacional são consideradas remotas, mesmo por aliados que o reconhecem como uma figura importante dentro do estado.

O cenário eleitoral em perspectiva

A situação financeira do partido Novo, ao qual Zema é filiado, também levanta dúvidas. Com apenas cinco deputados e um fundo eleitoral consideravelmente menor em comparação com partidos como PL e PT, Zema precisa superar a falta de estrutura que seu partido apresenta. Apesar de seus aliados afirmarem que o capital político de Zema em Minas é um ativo relevante, a verdade é que os bolsonaristas vêem sua figura como “pouco carismática” e muito restrita a sua base regional.

A polarização e o papel de Zema

Observadores do cenário político apontam que as próximas eleições continuarão a ser fortemente influenciadas pela polarização entre direita e esquerda. Zema, ao tentar se posicionar como uma alternativa viável no campo da direita, pode acabar se isolando ainda mais, se não conseguir conquistar aliados além de Minas Gerais. Commentadores afirmam que se a previsão sobre Zema se concretizar, sua trajetória poderá se assemelhar à do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que tenta se fortalecer como candidato, mas carece de apoio fora de seu estado.

Conclusão

No fim das contas, a candidatura de Romeu Zema à presidência ainda se apresenta como um caminho incerto. A falta de apoio comprometido de figuras proeminentes do seu próprio campo político, somada às condições limitadas do Novo, configuram um cenário desafiador. Enquanto isso, a polarização se mantém, com o eleitorado impressionado pela mobilização de forças tanto à direita quanto à esquerda. Zema precisará demonstrar uma capacidade de conectar-se com o eleitorado além das fronteiras de Minas para ter alguma chance no pleito nacional.

Assim, a expectativa em torno de Zema é mista, e apenas o tempo mostrará como ele navegará pelas complexidades do ambiente político nos próximos meses.

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