Brasil, 29 de maio de 2025
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Entrevista com o Secretário de Estado do Vaticano sobre Gaza e Ucrânia

O cardeal Pietro Parolin critica a situação em Gaza e fala sobre negociações de paz para a Ucrânia em entrevista à mídia do Vaticano.

A atual situação na Faixa de Gaza e as possibilidades de paz na Ucrânia estão no centro das atenções do Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin. Em entrevista à mídia da Santa Sé, Parolin expressou sua preocupação com as recentes tragédias que acometem a população em Gaza e a urgência em retomar as negociações para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Condições alarmantes em Gaza

Com a escalada da violência e o conflito em Gaza, as condições de vida da população se tornaram insuportáveis. “O que está acontecendo em Gaza é inaceitável”, afirma Parolin. Ele enfatiza que o direito humanitário deve ser sempre respeitado, independentemente dos lados envolvidos. “Pedimos que os bombardeios cessem e que a ajuda necessária chegue à população”, destaca o cardeal. Segundo ele, a comunidade internacional deve agir de forma urgente para pôr fim ao sofrimento da população local.

Além disso, ele fez um apelo direto ao Hamas, exigindo a liberação imediata de todos os reféns que ainda estão sob seu controle e a devolução dos corpos de vítimas do ataque brutal ocorrido em 7 de outubro de 2023 contra Israel.

Reação ao atentado em Washington

Parolin também se manifestou sobre o recente atentado antissemita em Washington, que resultou na morte de dois funcionários da embaixada israelense. “Fiquei profundamente abalado… são vítimas inocentes que estavam envolvidas em iniciativas de paz e humanitárias”, mencionou, sublinhando a importância de combater o antissemitismo que, segundo ele, nunca foi completamente erradicado.

Pazes e negociações na Ucrânia

Quando questionado sobre a possibilidade de um encontro de paz no Vaticano, Parolin esclareceu que o Papa Leão XIV ofereceu a total disponibilidade da Santa Sé para acolher negociações entre as partes. “Importa mais que a negociação comece do que o local onde será realizada”, afirmou. A urgência para um cessar-fogo e para que se alcance uma paz duradoura foi destacada como uma prioridade por Parolin, que mencionou as destruições e perdas humanas causadas pelo conflito.

A continuidade do legado papal

O novo Papa tem seguido a tradição de seus predecessores, e as palavras “paz” e “não à guerra” foram retumbantes em sua eleição. “O Papa e toda a Santa Sé estão empenhados em construir a paz”, reforça Parolin. Este compromisso é essencial para guiar a atuação do Vaticano em um cenário mundial conflituoso e desgastante.

Comunicação e busca pela verdade

Em tempos de guerra, a comunicação se torna fundamental. O Papa Leão XIV pediu por uma “comunicação diferente”, que não utilize palavras agressivas e que promova o diálogo. “A paz começa dentro de cada um de nós”, enfatiza Parolin. Isso implica também numa responsabilidade da imprensa e dos comunicadores na maneira como reportam e abordam os conflitos, reconhecendo a necessidade de uma comunicação pacífica e construtiva.

Desafios da era digital

Em relação aos desafios da era digital que o mundo enfrenta, Parolin comentou sobre a importância de não ser nem acrítico, nem demonizar a tecnologia. “Devemos usar as ferramentas digitais como instrumentos para o bem”, afirmou. Ele alertou sobre o risco de as plataformas digitais serem utilizadas para promover desinformação, ressaltando a responsabilidade dos jornalistas em informar a sociedade de maneira precisa e ética.

Conclusão

A entrevista com o cardeal Pietro Parolin revela a preocupação da Santa Sé com as crises humanitárias em Gaza e a necessidade urgente de paz na Ucrânia. A atuação do Vaticano, sob a liderança do Papa Leão XIV, continua focada na promoção de diálogo e unidade, confrontando a violência e buscando soluções pacíficas em um mundo cada vez mais polarizado. Ao mesmo tempo, a comunicação responsável e construtiva se torna um pilar para a construção da paz, como destaca o Secretário de Estado. Com desafios contemporâneos como o antissemitismo e a desinformação, a mensagem da Santa Sé se torna ainda mais relevante.

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