Brasil, 28 de maio de 2025
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Delegado da PF é surpreendido ao ser informado de investigação

Caio Rodrigo Pellim, delegado da Polícia Federal, descobre que é investigado em inquérito sobre ações nas eleições de 2022 durante depoimento no STF.

O clima no Supremo Tribunal Federal (STF) ficou tenso na manhã desta terça-feira, 27 de maio, quando o delegado da Polícia Federal (PF), Caio Rodrigo Pellim, foi surpreendido ao descobrir, durante seu depoimento, que seu nome estava ligado a uma investigação em andamento. Este inquérito apura a atuação de servidores da corporação em supostas ações que tentaram impedir eleitores de exercer seu direito ao voto durante o segundo turno das eleições de 2022.

Contexto da investigação

Embora Pellim não tenha sido formalmente indiciado, seu nome figura em uma petição sigilosa que tramita no STF. A revelação de sua condição como investigado foi feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, logo antes do início das perguntas. Com isso, o delegado passou a ter o direito de permanecer em silêncio, já que ele não poderia mais atuar apenas como testemunha.

Essa situação surpreendeu Pellim, que havia sido indicado como testemunha pela defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. “Me causa um pouco de surpresa isso”, reagiu. “Eu fui ouvido [no inquérito das blitze] como depoente e desconheço qualquer investigação contra a minha pessoa”, relatou, visivelmente incomodado com a nova informação.

Desdobramentos da audiência

A defesa de Anderson Torres, por sua vez, argumentou que a petição que inclui Pellim já havia sido concluída. Contudo, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, reafirmou que a investigação permanece aberta, com recentes determinações à Polícia Federal para finalizar as apurações.

Apesar da reviravolta em sua situação, o delegado decidiu cooperar e responder às perguntas que lhe foram feitas. Em sua defesa, Pellim afirmou que as reuniões sobre operações durante o período eleitoral tinham como objetivo manter um policiamento ostensivo, com ação preventiva para garantir a segurança nas eleições. Ele enfatizou que o policiamento no primeiro turno havia sido bem-sucedido, justificando assim a necessidade de manter o efetivo no segundo turno.

A importância da transparência nas investigações

A descoberta de que um delegado de importância na Polícia Federal está sendo investigado levanta sérias questões sobre a integridade das instituições e a necessidade de apurações claras e transparentes. A interferência de agentes da lei em processos eleitorais é um tema delicado e que exige um tratamento cuidadoso. O impacto dessas ações pode afetar a confiança da população nas instituições democráticas, além de trazer à tona questões éticas e morais envolvendo aqueles que têm o dever de proteger o funcionamento da democracia.

No contexto da audiência, fica claro que a situação do delegado Caio Rodrigo Pellim não é isolada. O papel da Polícia Federal e de seus membros durante as eleições de 2022 está sendo investigado de maneira mais ampla, com a necessidade de garantir que todos os cidadãos possam exercer seus direitos sem qualquer tipo de impedimento ou intimidação.

Conclusão

A revelação de que Parrim está sob investigação é um lembrete sombrio de que mesmo aqueles encarregados de manter a lei e a ordem podem ser alvo de investigações. O desfecho desse caso, assim como o de outros envolvidos nas ações que tentaram interferir no processo eleitoral, será crucial para a manutenção da confiança pública nas instituições e na democracia em geral. As próximas etapas da investigação e as possíveis consequências para os envolvidos desempenharão um papel importante na narrativa em torno das eleições de 2022 e na futura atuação da Polícia Federal.

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