Brasil, 29 de maio de 2025
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Brasileiros em Portugal apoiam partido anti-imigração Chega, que disputa vagas no Parlamento

Brasileiros residentes em Portugal votam em partido de linha anti-imigração, favorável a maior controle e segurança, em eleição que promete alterações

Uma parcela significativa de brasileiros que vivem em Portugal apoia o partido Chega, de linha ultradireita e discurso anti-imigração, que disputa quatro vagas no Parlamento português. A sigla, que atualmente tem 58 deputados e empata com o Partido Socialista (PS), lidera a previsão de votação na eleição de 2024, segundo dados locais.

Votos de emigrantes brasileiros em Portugal fortalecem o Chega

Brasileiros residentes em Portugal, muitos com cidadania portuguesa, confiam na proposta do Chega de aumentar a segurança e o controle de estrangeiros no país. Cibelli Almeida, ativista e militante do partido em Braga desde 2019, afirmou que acredita na vitória do partido nesta eleição.

Natural do Recife e emigrante há 14 anos, ela afirmou que vota no Chega por acreditar que o país precisa de maiores medidas de segurança. “Pouco importa a lei, o governo facilitou a regularização e hoje Portugal tem mais imigrantes do que se imagina”, declarou, destacando que estudou a legislação antes de decidir pelo apoio.

Motivações e percepções dos brasileiros em Portugal

Cibelli afirma que insegurança é uma das principais razões que motivam brasileiros a votar no partido. “Queremos evitar a violência do Brasil e viver com mais segurança aqui em Portugal”, disse. Ela relatou ter sido assaltada 20 vezes no Brasil, mas também apontou que não há dados oficiais que liguem o aumento da violência em Portugal à presença de imigrantes, embora tenha mencionado ocorrências pontuais.

Ela contou que recentemente houve um assalto com arma de fogo em Braga e que percebe um aumento na circulação de pessoas suspeitas, como indivíduos falando árabe perto de seu trabalho. “Chamei a polícia por causa de uma pessoa suspeita na rua”, relatou.

Opiniões de brasileiros sobre a segurança e a imigração em Portugal

Outros residentes também expressaram preocupação com a segurança e a política migratória do país. O fisioterapeuta Eraldo Veloso, que votou no partido de André Ventura neste ano, afirmou que o governo português não tem tomado providências eficazes para conter o aumento da violência.

Segundo ele, Portugal está se tornando uma “terra sem lei” semelhante ao Rio de Janeiro, citando episódios de assaltos e invasões. “Portugal está sem prevenção na segurança, a violência cresce, e o sistema não consegue controlar a situação”, afirmou.

Imigração e opinião sobre políticas públicas

Eraldo destacou ainda que, apesar de avaliar a política de imigração como confusa, votaria no Chega mesmo sem ser cidadão português, por acreditar que a medida ajudaria a filtrar quem realmente contribui para o país. “O problema não são os imigrantes que trabalham, e sim quem vem fazer coisa errada”, declarou.

Ele também comentou sua experiência de seis anos morando ilegal nos Estados Unidos, defendendo que Portugal não deve expulsar imigrantes de bom caráter, pois isso prejudicaria sua economia.

Impacto na política portuguesa e perspectivas futuras

A eleição de 2024 deve definir o futuro do apoio à linha anti-imigração no país, com os brasileiros emigrantes apoiando o Chega por motivos de segurança e controle. A presença de brasileiros no apoio ao partido revela uma preocupação compartilhada com insegurança e a gestão da imigração em Portugal.

Segundo analistas políticos, essa votação reforça a ascensão de forças de linha mais conservadora na Europa, em cenário onde o tema da segurança pública e imigração ganha cada vez mais destaque nas discussões sociais e eleitorais.

Para conhecer detalhes adicionais sobre a eleição e a participação dos brasileiros, acesse o artigo completo no Globo.

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