Brasil, 29 de maio de 2025
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ACM Neto defende saída do União Brasil do governo Lula

Em entrevista, ACM Neto afirma que o União Brasil deve lançar candidato próprio em 2026 e que as alianças estaduais são possíveis.

No cenário político atual, o União Brasil busca redefinir sua estratégia frente ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma recente entrevista ao jornal O GLOBO, o vice-presidente do partido, ACM Neto, afirmou a necessidade de que a sigla renuncie aos cargos que ocupa no governo federal e que lance um candidato próprio para concorrer à presidência em 2026. Essa mudança de postura pode impactar as próximas eleições e a dinâmica da oposição ao PT.

Uma nova estratégia para 2026

ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, destacou que “não faz sentido ocupar cargos no governo” se o União Brasil não estará alinhado com a reeleição de Lula em 2026. Para ele, essa decisão deve ser discutida internamente após a formalização da federação entre o União e o Partido Progressista (PP), prevendo uma deliberação clara de que não haverá membros do partido no governo atual.

A postura de oposição e a necessidade de um candidato forte

Na mesma entrevista, ACM Neto foi incisivo sobre a necessidade de o União Brasil adotar uma posição de oposição clara ao projeto do PT. Para ele, isso significa construir uma candidatura alternativa que represente fortemente o centro e a direita. “Eu desejo ter um candidato à Presidência da República no próximo ano, diferentemente do que aconteceu em 2022, quando não tinha candidato”, afirmou ACM. Essa afirmação demonstra uma mudança significativa na estratégia do partido, que vislumbra um espaço importante na corrida eleitoral.

Outra questão que ACM Neto abordou foi a possibilidade de alianças estaduais, ressaltando que, embora a expectativa do União Brasil seja de ter uma diretriz nacional, não seria obrigatório que todos os estados seguissem essa linha. “É possível [fazer acordos]. Preferencialmente, sim. Obrigatoriamente, não”, completou.

A relação com Davi Alcolumbre e o papel do Senado

A entrevista também trouxe à tona a relação do partido com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que ocupa cargos no governo. ACM Neto defendeu que Alcolumbre deve liderar a casa e dialogar com o governo, independentemente da posição do União Brasil. Para o vice-presidente do partido, as questões do Senado e as deliberações internas do União não precisam causar constrangimentos entre as lideranças.

A análise da situação política atual

Em relação à situação do governo Lula, ACM Neto criticou a administração atual, afirmando que “Lula não compreendeu que não foi eleito pelo PT, nem pelas esquerdas”. Segundo ele, o presidente se distanciou do eleitor que o escolheu e está governando para interesses internos do Partido dos Trabalhadores, o que resulta em um cenário de insatisfação popular.

ACM observou que muitos eleitores que não apoiavam Bolsonaro acabaram votando em Lula como uma alternativa, mas agora se sentem descontentes com a administração. “Prometeram picanha e cerveja e estão entregando café e carne a preços altos”, reclamou, evidenciando a desapontante realidade econômica que o país enfrenta.

A construção de uma candidatura ampla

Ao discutir a possibilidade de uma candidatura dentro da direita, ACM Neto enfatizou a importância de abrir espaço para um diálogo com outras lideranças políticas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro. “Ele é o maior eleitor da direita no país e não pode ser desconsiderado na construção de um projeto”. Essa declaração reflete a necessidade de união entre diversas facções políticas para fortalecer a oposição ao atual governo.

O vice-presidente do União Brasil reafirmou seu compromisso com uma aproximação que não imponha restrições ou imposições, buscando um candidato que agregue e que seja viável nas próximas eleições. Ele também comentou sobre a situação do atual governador e a influência de Bolsonaro, afirmando que relações positivas estão sendo construídas para facilitar o diálogo entre diferentes lideranças.

A expectativa para o futuro político

ACM Neto concluiu que a busca por uma candidatura representativa será crucial para enfrentar os desafios que 2026 trará. O União Brasil, sob sua liderança, parece estar se preparando para um ciclo eleitoral intenso, e a declaração de intenções do partido pode colocar em questão a estabilidade da aliança do PT e dos partidos aliados, moldando o cenário político brasileiro para os próximos anos.

A trajetória e as decisões do União Brasil nos próximos meses serão observadas de perto, já que uma nova configuração política pode emergir conforme a perspectiva eleitoral se aproxima. O tempo dirá se as apostas de ACM Neto se mostrarão certeiras frente ao eleitorado brasileiro.

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