Brasil, 28 de maio de 2025
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Volkswagen é condenada por fraude no escândalo dieselgate

A condenação dos ex-dirigentes da Volkswagen marca mais um desdobramento do escândalo dieselgate, que abalou a reputação da montadora alemã.

A Justiça alemã condenou hoje quatro ex-dirigentes da Volkswagen por participar do escândalo conhecido como dieselgate, descoberto em 2015, quando autoridades dos Estados Unidos identificaram um software que manipulava as medições de emissões de poluentes. A fraude permitia que veículos da montadora aparentassem ser menos poluentes do que realmente eram, burlando os testes ambientais.

Sentença e declaração do juiz

“As autoridades responsáveis pela certificação dos veículos não foram informadas de que as emissões eram muito mais altas em condições reais de uso. É claro que isso era ilegal”, afirmou na leitura da sentença o juiz Christian Schütz, do Tribunal de Braunschweig, quase quatro anos após o início do processo. Fonte

Envolvimento da Volkswagen e impacto no mercado

A Volkswagen reconheceu que instalou o software fraudulento em cerca de 11 milhões de veículos mundialmente, incluindo marcas como Audi e Porsche. O programa identificava quando o carro estava em teste e reduzia as emissões para cumprir os limites ambientais. O escândalo ocasionou uma das maiores crises na história da empresa, que até agora teve que pagar cerca de 33 bilhões de euros em multas, indenizações e outras penalidades.

Seis réus foram condenados a penas de prisão que variam de um a quatro anos e meio. Jens H., responsável pelo desenvolvimento de motores a diesel, recebeu a pena mais severa: quatro anos e meio de prisão. Hanno J., ex-chefe de eletrônica de acionamento, foi condenado a dois anos e sete meses. Outros dois ex-dirigentes receberam sentenças condicionais, enquanto o ex-chefe de desenvolvimento Heinz-Jakob Neusser teve uma pena de um ano e três meses também em liberdade condicional. Os condenados podem recorrer da decisão.

Outros processos e envolvimento de ex-CEO

O ex-CEO da Volkswagen, Martin Winterkorn, foi processado em 2019, após deixar o cargo pouco antes do escândalo vazar. Ele foi chamado a depor como testemunha em um outro julgamento iniciado em 2024, quando negou responsabilidades e alegou que sua carreira foi prejudicada pelo caso. Apesar disso, seu processo foi separado por motivos de saúde, e sua eventual inclusão no julgamento ainda não está confirmada. Fonte

Perspectivas futuras e influência no setor automotivo

Embora o julgamento tenha sido concluído com condenações, a investigação de Winterkorn e de outros ex-executivos continua, com possibilidades de novos processos. Especialistas avaliam que o caso reforça a necessidade de transparência e fiscalização mais rigorosa no setor automotivo, especialmente na questão das emissões de poluentes. A repercussão do dieselgate também levou a uma maior adoção de tecnologias limpas e ao fortalecimento de regulações ambientais na União Europeia e além.

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