Brasil, 2 de junho de 2025
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STF abre inquérito contra Eduardo Bolsonaro por possível conspiração

O inquérito foi motivado por ações do deputado federal que visam sanções internacionais contra membros do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na última segunda-feira (26/5) abrir um inquérito contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atendendo a um requerimento da Procuradoria-Geral da República (PGR). O pedido foi decidido pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, que designou o ministro Alexandre de Moraes como relator do caso, o qual será mantido em sigilo.

Motivações para o inquérito

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, justificou a abertura do inquérito afirmando que Eduardo Bolsonaro vem se posicionando publicamente sobre sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos, sugerindo a aplicação de sanções contra ministros do STF, a PGR e a Polícia Federal (PF). Segundo Gonet, as declarações do deputado configuram uma resposta àquilo que ele considera uma “perseguição política” contra ele e seu pai, Jair Bolsonaro, denunciado no STF como líder de uma organização criminosa.

Ameaças de sanções e suas implicações

A PGR destacou que as ameaças feitas pelo parlamentar vão além de simples declarações. Eduardo Bolsonaro expressou a intenção de buscar sanções que poderiam incluir a cassação de vistos e o bloqueio de bens. A gravidade dessas propostas foi enfatizada pelo procurador, que as classificou como uma “pena de morte civil internacional” para os envolvidos. Tais ações, conforme Gonet, visariam interferir na condução de processos judiciais em curso.

Postagens e a influência nas sanções

A PGR também mencionou que as postagens de Eduardo Bolsonaro em redes sociais e suas declarações à imprensa podem ter um impacto significativo nos eventos políticos e jurídicos. “As publicações se dão, sobretudo, em postagens em redes sociais, que reverberam em outros canais de mídia”, ressaltou o procurador.

Eduardo Bolsonaro se afastou de suas funções na Câmara em março deste ano, transferindo-se para os Estados Unidos, onde alega estar denunciando abusos por parte de ministros do STF, especialmente Alexandre de Moraes. O requerimento da PGR foi influenciado por uma representação criminal apresentada pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).

Repercussão política

As declarações e ações do deputado têm gerado uma onda de reações em diversos setores da política brasileira. A ameaça de sanções dos EUA contra o STF se tornou um tema quente nas discussões políticas. Lindbergh Farias, um dos principais opositores, celebrou a abertura do inquérito como um passo importante na luta contra o que ele considera uma traição à democracia.

O futuro da investigação

O procurador Paulo Gonet indicou que é necessário garantir a preservação do conteúdo publicado por Eduardo Bolsonaro para que os fatos sejam devidamente apurados. A oitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro também foi solicitada, visto que ele poderia ser diretamente beneficiado pelas ações e já havia declarado ser responsável financeiramente pela estadia do filho nos Estados Unidos.

O documento da PGR ainda argumenta que as retaliações buscadas por Eduardo Bolsonaro poderiam ser classificadas como coação e embaraço à investigação criminal, violando os princípios da ordem jurídica. Gonet enfatiza que há elementos suficientes para justificar a instauração do inquérito, o que pode resultar em sérias consequências para todos os envolvidos.

Expectativas futuras

Eduardo Bolsonaro, em declarações recentes, demonstrou otimismo a respeito da possibilidade de que os EUA oficializem as sanções contra o ministro Alexandre de Moraes em um futuro próximo. Ele apostou que as ações planejadas ocorrerão de maneira acelerada à medida que os julgamentos avançam.

A continuidade deste caso, suas implicações e o resultado do inquérito refletem um cenário político conturbado no Brasil, onde as tensões entre diferentes esferas de poder continuam a se intensificar. O público aguarda ansiosamente por desenvolvimentos que poderão moldar o futuro da política nacional.

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