Durante evento do Brasil 247 comemorando o Dia da Indústria, o ex-ministro e ex-senador Aloizio Mercadante destacou a necessidade de ampliar o diálogo com entidades empresariais e apresentar propostas concretas para a recuperação econômica do Brasil. Ele defendou que o governo deve criar uma agenda que vá além de manifestações, priorizando soluções viáveis e seguras.
Propostas de Mercadante para reforçar a arrecadação
Mercadante sugeriu que o aumento dos impostos sobre as chamadas Bets (bens especiais de consumo), que atualmente corroem as finanças populares, poderia ser uma alternativa importante para aumentar a arrecadação. Segundo ele, essa receita adicional ajudaria a diminuir o impacto do IOF, imposto que ele considera restritivo, e a criar alternativas fiscais mais sustentáveis.
“Vamos pensar em alternativas que sejam viáveis, seguras e que proporcionem estabilidade às receitas fiscais”, afirmou Mercadante. O ex-senador reforçou que essa medida poderia aliviar o peso do IOF, que atualmente tem uma função de contração monetária ao elevar o custo do crédito, dificultando a retomada do crescimento.
Diálogo com o Banco Central e redução da Selic
O presidente do BNDES também destacou a importância de baixar a taxa Selic, considerando-a um ponto fora da curva para a economia brasileira. Segundo Mercadante, uma redução efetiva na Selic ajudaria a dinamizar o crédito e impulsionar os investimentos no país.
“O impacto do IOF é importante, mas a Selic, que gera dívida, deve ser revista. Precisamos de uma transição que coloque a economia brasileira em uma trajetória mais equilibrada”, afirmou. Ele acrescentou que, historicamente, o IOF chegou a níveis mais elevados e que sua redução contribuiria para uma política monetária mais eficiente.
Perspectivas para a política fiscal e monetária
Ao discutir o cenário econômico, Mercadante ressaltou que há espaço para ajustes tanto na política fiscal quanto na monetária. “A recuperação requer um esforço conjunto entre o governo, o Banco Central e o setor privado, buscando soluções que gerem sustentabilidade fiscal e estimulantes de crédito”, concluiu.
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