Dados de fontes financeiras revelam que os gastos dos brasileiros no exterior atingiram o maior nível em dez anos até abril de 2025, antes do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Analistas destacam que esses gastos são influenciados principalmente pelo nível de atividade econômica e pela cotação do dólar, que apresentou queda parcial neste ano.
Fatores que impactam as despesas no exterior
De acordo com especialistas ouvidos, o nível de atividade econômica na economia brasileira influencia diretamente a renda da população, impactando seus gastos além das fronteiras. “Quando a atividade econômica está alta, as pessoas tendem a viajar mais e gastar mais no exterior”, explicou João Santos, economista especializado em consumo.
Outro fator determinante é o valor do dólar, que neste ano apresentou uma tendência de queda parcial. Essa redução contribui para que as viagens e compras no exterior fiquem mais acessíveis. Entretanto, com a alta prevista do IOF, os gastos internacionais devem se tornar mais caros, impactando o volume de despesas.
Impacto do aumento do IOF nos gastos internacionais
Em maio de 2025, o governo anunciou o aumento da alíquota do IOF para operações de câmbio, o que elevará o custo de transações internacionais. “Com o aumento do IOF, viagens internacionais e compras no exterior ficarão mais onerosas”, afirmou Maria Silva, analista de mercado.
Segundo dados do Banco Central, os brasileiros gastaram cerca de R$ 35 bilhões no exterior até abril, um valor recorde em uma década. A expectativa é que, com o aumento do imposto, esse volume possa ser impactado negativamente nos próximos meses.
Perspectivas para o restante de 2025
Especialistas avaliam que, embora a economia esteja em recuperação e o dólar ainda apresente queda, o aumento do IOF deve frear o crescimento das despesas no exterior. “A combinação de fatores econômicos e mudanças na tributação exige atenção por parte dos consumidores”, afirmou Lucas Pereira, consultor financeiro.
O cenário aponta para um comportamento de gastos mais cauteloso por parte dos viajantes brasileiros, que deverão planejar melhor suas despesas internacionais diante dos novos custos. “A tendência é que o volume de gastos no exterior diminua, mesmo com o otimismo na economia doméstica”, concluiu Pereira.
