No último sábado (24), a cidade de Itanhaém, localizada no litoral de São Paulo, foi abalada pela notícia de um feminicídio brutal. Kauê Soares Dias de Oliveira, de 36 anos, foi preso após assassinar a ex-companheira Viviane Grabauskas Malmesi, de 55 anos. O crime ocorreu em sua residência, onde a Polícia Militar encontrou o corpo da vítima com sinais claros de violência.
O crime e a prisão do suspeito
As evidências do crime foram capturadas por câmeras de monitoramento local. As imagens mostram Kauê deixando a casa de Viviane em dois momentos distintos: pela manhã, por volta das 9h50, e novamente às 11h12, já com uma bicicleta. Na segunda saída, uma funcionária de um comércio, localizado nos fundos da casa da vítima, presenciou o momento e ouviu Kauê alegar que Viviane estava com dor de estômago e não queria ser vista.
A situação começou a se desenrolar quando uma vizinha, preocupada com a falta de retorno de mensagens enviadas a Viviane, decidiu ir até sua casa. Ao chegar, a vizinha descobriu a cena do crime e pediu socorro. A funcionária do comércio, ao perceber um “silêncio absurdo” no local e preocupada com a situação, foi verificar o que estava acontecendo. Assim que entrou na casa, encontrou o corpo de Viviane, que estava caído ao lado da cama. Ela imediatamente ligou para a polícia.
Detalhes da investigação
A Polícia Militar chegou rapidamente e constatou a gravidade da situação. Durante a perícia, duas facas e um martelo foram encontrados, evidenciando a ferocidade do ataque. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) confirmou que a vítima já estava morta, apresentando duas lesões fatais no pescoço. O caso foi classificado como feminicídio pela Delegacia Seccional de Itanhaém.
Após o crime, Kauê se dirigiu ao 98° Distrito Policial (DP) do Jardim Miriam, em São Paulo, onde se entregou e confessou a autoria do feminicídio. De acordo com os investigadores, sua entrega à polícia foi uma tentativa de evitar que as evidências se acumulassem contra ele.
Impacto na comunidade e reflexões sobre a violência doméstica
O assassinato de Viviane Grabauskas Malmesi gerou uma onda de indignação e tristeza na comunidade de Itanhaém. Muitas pessoas têm expressado seu pesar e a necessidade de se discutir com mais seriedade a questão da violência contra a mulher, que persiste no Brasil em índices alarmantes. Dados recentes demonstram que casos de feminicídio continuam a ser uma realidade difícil de erradicar no país, reforçando a urgência de políticas públicas que busquem coibir esse tipo de crime.
O papel da sociedade e medidas de segurança
A sociedade civil tem um papel fundamental na luta contra a violência doméstica. Organizações não-governamentais e grupos comunitários têm incentivado campanhas de conscientização e apoio às vítimas. Além disso, é imprescindível que as autoridades adotem medidas eficazes para proteger mulheres que possam estar em situações de risco, garantindo que possam acessar ajuda e apoio necessários.
O caso de Viviane é uma tragédia que visa relembrar a todos sobre a necessidade de ampliar o diálogo e as ações para erradicar a violência contra a mulher. A imprensa, também, desempenha uma função crucial na cobertura responsável desse tema, contribuindo para a formação de uma sociedade mais consciente e informada.
As investigações sobre o caso continuam em andamento, e a expectativa é que a Justiça leve à punição exemplar do autor desse crime horrendo. Há a esperança de que, através da reflexão e da ação, novos casos possam ser evitados, e que histórias como a de Viviane não se repitam.
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