Brasil, 2 de junho de 2025
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Eduardo Bolsonaro reage a pedido de investigação da PGR

Deputado licenciado critica atuação do judiciário e planeja permanecer nos EUA.

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou nesta segunda-feira a respeito do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para a abertura de um inquérito que investiga sua atuação nos Estados Unidos. O parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, está morando no exterior desde fevereiro e afirmou que permanecerá no país enquanto não houver sanções contra o ministro Alexandre de Moraes. Ele acredita que a solicitação da PGR pode acelerar as punições ao magistrado.

Reação contundente do parlamentar

Em uma entrevista ao jornal O GLOBO, Eduardo Bolsonaro expressou sua indignação com a decisão da PGR e com a atuação do judiciário brasileiro. “Eu vejo que esta decisão mostra que o judiciário brasileiro age conforme o cliente. Há pouco mais de um mês, uma decisão da PGR disse que minha atuação é legal, mas agora estou atentando contra a democracia”, afirmou. O deputado ressaltou que somente retornará ao Brasil quando o ministro Moraes for sancionado, alegando que não pode voltar com a ameaça de uma pena de 12 anos. “Eu não posso ficar na coleira do Moraes. Ele é que tem que ficar encoleirado no quadrado dele, dentro das competências dos poderes,” disse.

Investigação e acusações de intimidação

A PGR, através do procurador-geral Paulo Gonet, fundamentou o pedido de investigação em postagens nas redes sociais e entrevistas de Eduardo, apontando que há um “tom intimidador” nas suas declarações. O documento destaca que o comportamento do parlamentar visa interferir no trabalho de investigações e na atuação de autoridades judiciais e policiais, sugerindo que suas ações seriam parte de um esquema para intimidar aqueles que possam lhe investigar.

PT busca ações disciplinares

O Partido dos Trabalhadores (PT) também se manifestou contra Eduardo Bolsonaro, afirmando que a liderança do partido na Câmara acionará o Conselho de Ética para solicitar sua cassação. O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que a iniciativa se deve ao comportamento do deputado, que estaria conspirando contra instituições nacionais. “É muito grave o que ele está fazendo, está conspirando contra uma instituição nacional. Não é contra o PT, é contra o Supremo Tribunal Federal,” ressaltou Farias.

Além de pedir a cassação, o PT solicitará uma prisão preventiva contra Eduardo Bolsonaro. O deputado petista destacou a gravidade da situação e que é necessário proteger as instituições brasileiras de qualquer agressão, indicando que a atuação de Eduardo nas redes sociais tem caráter intimidatório, questionando a legitimidade do judiciário brasileiro.

Ameaças e possíveis sanções

No cerne da confusão estão as possíveis sanções que poderiam ser aplicadas a Alexandre de Moraes, comentadas recentemente por Marco Rubio, chefe do Departamento de Estado dos EUA. Durante uma audiência no Congresso americano, Rubio indicou que há “grande possibilidade” de sanções contra o ministro, o que pode afetar diretamente a dinâmica política brasileira.

Eduardo Bolsonaro lançou um alerta às autoridades americanas, instando que não interferissem em questões internas brasileiras. Ele afirmou que a situação envolvendo Moraes é uma “guerra particular” e elencou possíveis consequências para o ministro, como bloqueio de vistos e proibições comerciais. Ao mesmo tempo, a PGR está se preparando para ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro, que poderia fornecer esclarecimentos sobre a situação.

Implications da Lei Magnitsky

Se as sanções contra Moraes forem confirmadas, a Lei Magnitsky poderá ser invocada, que prevê uma série de penalidades, incluindo o congelamento de bens e a proibição de entrada nos Estados Unidos. Além disso, as autoridades afetadas poderiam sofrer restrições em suas atividades financeiras e comerciais com cidadãos e empresas americanas.

  • Congelamento de bens sob jurisdição americana, resultando em perda de acesso a contas e propriedades nos EUA.
  • Bloqueio de cartões de crédito, impossibilitando transações financeiras no sistema americano.
  • Entrada proibida nos EUA, inviabilizando qualquer contato futuro com o país.
  • Restrições severas em negociações com empresas americanas, afetando significativamente a atuação de políticos e empresários.
  • Possibilidade de exclusão de redes sociais operadas por empresas americanas, limitando o acesso a plataformas digitais.

A situação envolvendo Eduardo Bolsonaro, Alexandre de Moraes e as instâncias judiciais brasileiras revela a complexidade das relações de poder no Brasil e o impacto de influências externas nas decisões políticas. As repercussões deste caso ainda são incertas, mas certamente darão o que falar em um período já conturbado na política nacional.

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