No último Dia de África, celebrado em 25 de maio, o Cardeal Fridolin Ambongo, presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (SECAM), fez um apelo emocionante para que o continente se una em busca de justiça, paz e dignidade. Em uma mensagem profunda, ele instou líderes africanos e cidadãos a se tornarem “os arquitetos da África que queremos”, enfatizando a necessidade urgente de ação diante dos inúmeros desafios que o continente enfrenta.
Desafios enfrentados e a importância da justiça
Durante a celebração do 62º aniversário da criação da Organização da Unidade Africana, o Cardeal Ambongo destacou o tema da União Africana para 2025, que foca na “justiça para os africanos e afrodescendentes através de reparações”. Ele elogiou essa iniciativa, que visa chamar a atenção para as injustiças enfrentadas por todos os povos do continente, incluindo aqueles que vivem em sua diáspora.
Em sua mensagem, o Cardeal não hesitou em mencionar os desafios críticos que a África e sua população enfrentam, como injustiça, terrorismo, conflitos e pobreza. “Nunca deixaremos de reiterar a nossa preocupação com os desafios urgentes que o nosso continente enfrenta”, afirmou. Ao reconhecer que muitos são forçados a deixar suas casas em busca de segurança, especialmente mulheres e crianças, ele pediu uma mobilização geral por parte de todos, enfatizando a necessidade de proteção aos mais vulneráveis.
A mensagem de esperança e ação
Inspirando-se no compromisso pastoral do Papa Leão XIV, que segue as orientações do Papa Francisco, o Cardeal Ambongo reafirmou a determinação da Igreja em trabalhar pela justiça e dignidade de todos, especialmente daqueles marginalizados e afetados por conflitos e desigualdades. “A Igreja tem um papel vital em promover a paz, a justiça e a dignidade entre todos os povos”, ressaltou.
Reforçando a mensagem de esperança, o arcebispo de Kinshasa lembrou as palavras do Papa Francisco durante sua viagem à República Democrática do Congo. “Tirem as mãos da África! Parem de sufocar a África”, exclamou, enfatizando a urgência de permitir que o continente seja protagonista de seu próprio destino. “Que o mundo se lembre dos desastres cometidos ao longo dos séculos”, completou.
Promovendo a justiça e a reparação
O Cardeal também exortou os africanos a se unirem na missão de construir uma África melhor, repleta de alegria e esperança. Ele destacou a importância da Comissão de Justiça, Paz e Desenvolvimento do SECAM, que trabalha em prol desses ideais. O presidente do SECAM se comprometeu a continuar a colaboração com a União Africana e a sociedade civil em busca de justiça e reparações necessárias.
A Conferência realizada em Adis Abeba, que abordou o papel das comunidades religiosas na promoção da justiça, foi mencionada como um esforço importante neste processo. O Cardeal Ambongo reiterou um apelo à ação e à solidariedade, convocando todos a combaterem a discriminação, a exploração econômica e a degradação das condições de vida no continente.
A continuidade do caminho pela paz
“Como peregrinos da esperança, vamos promover e proteger a vida, reduzir a pobreza e cuidar da nossa casa comum”, concluiu o Cardeal. Essa mensagem traz um chamado à ação que ressoa não apenas na África, mas em todo o mundo. Ao promover a paz e a justiça, há uma perspectiva de construção de uma sociedade mais inclusiva e humana, onde os direitos de todos sejam respeitados.
O Dia de África deste ano não apenas celebrou a história e a herança do continente, mas também serviu como um lembrete poderoso da luta contínua por justiça e dignidade. A mensagem do Cardeal Ambongo ecoa como um chamado vital para a reflexão e a mobilização de todos aqueles que desejam ver uma África mais justa e esperançosa.
Para mais informações, você pode acessar a [fonte](https://www.vaticannews.va/pt/africa/news/2025-05/sejamos-arquitetos-da-africa-que-queremos-exorta-cardeal-ambongo.html).