O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou nesta segunda-feira (26) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, contará com todo o apoio do governo para manter o equilíbrio fiscal do país e alcançar as metas estabelecidas. A declaração foi feita durante o Fórum Nova Indústria Brasil, promovido pelo BNDES, no Rio de Janeiro.
Foco no equilíbrio fiscal e cenário atual
Alckmin reforçou que o apoio é integral e que ações como contingenciamentos e esforços fiscais serão adotados para evitar déficits nas contas públicas. “Se fala muito da questão fiscal, mas quero lembrar o seguinte: Haddad terá todo o nosso apoio para fazer tudo que precisa ser feito”, afirmou, ressaltando a importância do trabalho conjunto.
O vice-presidente comparou o cenário fiscal atual com o de 2020, quando o Brasil enfrentou a crise gerada pela pandemia de covid-19. “Naquele ano, o país tinha um PIB de R$ 8,5 trilhões, não pagou dívidas e gastou quase R$ 800 bilhões a mais, resultando em um déficit primário de 9,1%. Quanto o México teve? 0,5%. Qual foi a nossa desculpa? Covid”, destacou.
Desempenho econômico recente e perspectivas
Segundo Alckmin, o Brasil mostrou resiliência ao crescer 3,4% em 2023, mesmo diante de uma seca severa que prejudicou a safra. Ele também elogiou o setor industrial de transformação, que cresceu 3,8% no ano passado, impulsionado pela indústria automotiva, que registrou avanço de 9,1%, cinco vezes maior que a média mundial.
O vice-presidente destacou a importância do BNDES como parceiro estratégico da indústria brasileira e manifestou otimismo quanto ao desempenho de 2025. “Se Deus quiser, teremos um ótimo ano. A safra recorde, a queda do dólar para R$ 5,70 e a redução da taxa de juros podem impulsionar ainda mais a economia”, afirmou.
Obsessão por custo e competitividade
Alckmin defendeu a necessidade de uma indústria brasileira mais competitiva, ressaltando que a redução de custos de produção é fundamental. “Temos que ter obsessão por custo se quisermos competir e ampliar nossas exportações”, afirmou, mencionando a meta de conquistar novos mercados.
Ele também destacou a importância de avanços na assinatura do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, considerado estratégico para ampliar a presença brasileira no mercado internacional.
Acredita Exportação e incentivos às pequenas empresas
O ministro comentou sobre o projeto de lei do programa Acredita Exportação, aguardando votação no Senado. A iniciativa, que já foi aprovada na Câmara, busca estimular pequenas empresas brasileiras a exportar mais, com devolução de 3% do valor investido até a aprovação da reforma tributária.
“Estamos otimistas de que, nesta semana, o Senado vote favoravelmente. O programa é uma oportunidade de fortalecer o comércio exterior das pequenas empresas, similar ao que ocorre na Itália, onde elas já exportam bastante”, afirmou Alckmin.
Perspectivas de crescimento e desenvolvimento
Ele concluiu destacando a importância do desenvolvimento sustentável e da paz social, citando a encíclica Populorum Progressio, de Paulo VI: “O desenvolvimento é o novo nome da paz. Paz verdadeira, emprego, renda e vida digna para todos”. O otimismo do governo, segundo Alckmin, está relacionado às ações de estímulo à economia e à conquista de novos mercados para o Brasil.
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