A educação profissional tem se mostrado um importante aliado na diminuição da geração conhecida como “nem-nem”, que envolve jovens entre 15 e 29 anos que não estão inseridos nem no mercado de trabalho, nem no sistema educacional. Essa realidade, que reflete desigualdades sociais e falta de oportunidades, tem sérios impactos na economia brasileira. De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apenas em 2022, a ausência de atividades desse grupo gerou uma perda de R$ 46 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Papel fundamental da educação profissional e tecnológica
Uma das estratégias para reverter essa situação é a aproximação da educação básica com o mercado de trabalho, algo que pode ser alcançado por meio da Educação Profissional e Tecnológica (EPT). O ensino técnico de nível médio, por exemplo, permite que o jovem finalize sua formação básica ao mesmo tempo em que obtém um diploma técnico. Isso facilita o ingresso no mercado de trabalho, considerando que há uma demanda crescente por profissionais qualificados nesse nível. Desta forma, a educação profissional não só prepara os jovens para o futuro, mas também contribui para o fortalecimento da economia.
Progresso na redução da geração “nem-nem”
Recentemente, um levantamento realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apresentou resultados otimistas: no segundo semestre de 2024, a geração “nem-nem” registrou o menor nível dos últimos 12 anos. De acordo com as informações divulgadas, no último trimestre do ano, 14,5 milhões de jovens estavam ocupados, superando os 14,2 milhões observados no mesmo período de 2019, antes da pandemia.
Referências sobre a queda do desemprego e informalidade
A pesquisa revelou uma queda significativa na taxa de desemprego entre os jovens, que passou de 25,2% para 14,3%, e na informalidade no mercado de trabalho, que foi de 48% para 44%. Importante destacar que, entre os jovens que estavam ocupados ao final de 2024, 53% possuíam um vínculo formal de trabalho, com carteira assinada, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
A educação como solução a longo prazo
Esses dados reforçam a urgência de implementar soluções efetivas e de longo prazo na área da educação. A educação profissional não só é uma alternativa viável para a juventude brasileira, mas é também uma necessidade para o desenvolvimento econômico do país. O fato de que a maioria dos jovens retornou ao mercado de trabalho com vínculos formais é um sinal positivo e indica que iniciativas voltadas à educação técnica têm atuado de maneira eficaz.
O futuro da educação profissional no Brasil
Com o aumento da conscientização sobre a importância da educação profissional, espera-se que mais jovens tenham acesso a cursos técnicos e profissionais que os preparem de forma adequada para o mercado de trabalho. A inclusão de regras que incentivam as empresas a formar parcerias com instituições de ensino e a participação em programas de estágio podem ser passos significativos nessa direção.
Para que os avanços se mantenham e novos recordes sejam alcançados na redução da geração “nem-nem”, é fundamental que o governo, as instituições educacionais e o setor privado trabalhem juntos. A educação profissional emerge não apenas como um meio de inclusão, mas como um caminho para o desenvolvimento sustentável do Brasil.
Em conclusão, investir na formação técnica da juventude é garantir um futuro mais próspero, não só para os jovens, mas para toda a sociedade. A educação profissional é, sem dúvida, uma das chaves para a transformação do país.