No último sábado (24), um caso de homofobia e ameaça veio à tona durante um jogo das categorias Sub-15 e Sub-17 do Campeonato Paulista, realizado no Estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto (SP). Um jogador do Rio Preto Esporte Clube, de apenas 15 anos, registrou um boletim de ocorrência afirmando que foi alvo de ofensas homofóbicas pela torcida organizada do América Futebol Clube.
Detalhes do incidente
De acordo com o boletim de ocorrência, durante a partida, o jovem ouviu palavras depreciativas, incluindo termos como “bicha” e “viado”, além de ameaças de violência: “vou te pegar lá fora”. A situação, que gerou grande preocupação, mostra que a intolerância ainda persiste no esporte, mesmo nas categorias de base, onde o foco deveria ser o respeito e a camaradagem.
O pai do garoto também esteve presente na delegacia e expressou sua preocupação, ressaltando que este não é um caso isolado e que episódios semelhantes têm ocorrido em diversas partidas. Segundo ele, é essencial que haja um combate efetivo à homofobia e que a segurança dos atletas seja garantida.
A posição do América
Em resposta às acusações, o América Futebol Clube emitiu uma nota oficial negando qualquer ofensa homofóbica ocorrida durante o jogo. O clube, em sua declaração, afirmou: “Manifestamos o mais veemente repúdio a todo e qualquer ato discriminatório, seja ele de natureza homofóbica, racista ou de qualquer outra índole”.
A nota continuou destacando que a recepção no Estádio Teixeirão foi pautada por cordialidade e segurança, enfatizando que a partida transcorreu em um clima de festa e harmonia, com a presença de famílias e crianças. O América pediu que a imprensa atente-se à conduta de alguns jogadores do Rio Preto, que, segundo eles, demonstraram agressividade em campo, resultando em expulsões.
Repercussão do caso
O caso gerou um forte debate nas redes sociais e entre os torcedores, refletindo um problema que muitas vezes é ignorado em ambientes esportivos. A homofobia no futebol é uma questão que precisa ser abordada com seriedade, e o debate sobre a inclusão e respeito dentro do esporte é mais relevante do que nunca.
Além dos aspectos técnicos e desportivos, é fundamental que as instituições ligadas ao futebol se posicionem de forma firme contra toda e qualquer forma de discriminação. A promoção de um ambiente seguro e acolhedor para todos os atletas, independentemente de sua orientação sexual, é uma responsabilidade coletiva que deve ser assumida por clubes, federações e torcedores.
O que está sendo feito contra a homofobia no esporte?
Embora a denúncia tenha gerado impacto, a luta contra a homofobia no futebol ainda é um tema que precisa da atenção de todos. Algumas iniciativas têm sido tomadas, como campanhas de conscientização e formações para torcedores e atletas, mas ainda há um longo caminho a percorrer. É preciso que clubes e entidades esportivas adotem medidas eficazes para combater esse tipo de discriminação e que a população se una na luta contra a homofobia.
Concluindo, o episódio ocorrido no Estádio Benedito Teixeira reitera a necessidade de um trabalho conjunto entre clubes, torcedores e a sociedade para promover um ambiente esportivo mais inclusivo e respeitoso. Apenas assim poderemos garantir que todos possam jogar e torcer em um espaço seguro e acolhedor, livre de preconceitos e ofensas.
Para mais informações sobre o caso, acesse a cobertura completa no g1.