No último domingo (25), em Doha, Catar, o mesatenista brasileiro Hugo Calderano fez história ao conquistar o vice-campeonato mundial, uma campanha inédita para os atletas das Américas. Com uma trajetória de superação e garra, Calderano, número 3 do mundo, enfrentou na final o chinês Wang Chuqin, vice-líder do ranking, e foi superado por 4 sets a 1, com parciais de 12-10, 11-3, 4-11, 11-2 e 11-7.
Um marco na carreira de Calderano
Esta foi a primeira vez que Calderano alcançou a final do Mundial, um feito que até então parecia estar reservado apenas para mesatenistas da Ásia e da Europa. A conquista da prata é um reflexo de anos de dedicação e trabalho duro, culminando em uma competição que ficará marcada na história do tênis de mesa brasileiro.
O duelo final contra Wang Chuqin representa uma nova fase nas competições entre os dois atletas. Apenas um mês antes, Calderano havia se destacado ao derrotar o chinês de virada na semifinal da Copa do Mundo, realizada em Macau, com um apertado 4 a 3. No entanto, no histórico de confrontos diretos, Chuqin agora leva vantagem, acumulando cinco vitórias em sete encontros.
O sabor da medalha de prata
“Não consegui apresentar o meu melhor hoje. Foi mais a parte física que pesou, o jogo de ontem me esgotou. Estou exausto ainda. Tentei me recuperar da melhor maneira. Durante o jogo tentei voltar brigando, fazer o melhor, mas eu não tinha mais nada no tanque”, comentou Calderano após a partida.
Apesar da frustração pela derrota, o carioca celebrou o feito inédito para o Brasil no tênis de mesa. “Foi um torneio incrível, antes do torneio se me falassem que eu sairia com uma medalha, eu ficaria muito feliz. No final, consegui fazer o melhor que dava pra fazer. Tem um significado enorme, pois sempre foi um dos meus grandes objetivos”, disse.
Calderano ressaltou ainda a importância de sua conquista como um marco para o futuro da modalidade no Brasil. “Alguns anos atrás era muito difícil um brasileiro sonhar com medalha no Mundial, e nós conseguimos”, afirmou. Apesar do gosto amargo da vitória não alcançada, o mesatenista se mostrou otimista e determinado: “Claro que fica o gostinho de quero mais, queria sair daqui como campeão mundial, mas com certeza vou ter outras oportunidades. Vou seguir elevando meu nível e me preparando para chegar ainda melhor nas próximas”.
Próximos desafios para Calderano
Com 28 anos e jogando pelo clube alemão Liebherr Ochsenhausen há nove temporadas, Calderano agora voltará suas atenções para a final da liga alemã de tênis de mesa. A partida decisiva acontecerá no dia 15 de junho contra o Borussia Düsseldorf, onde ele buscará mais uma conquista para sua carreira.
O desempenho de Hugo Calderano neste Mundial serviu não apenas para elevar sua carreira a novos patamares, mas também para inspirar jovens atletas brasileiros a sonhar alto e acreditar na possibilidade de grandes conquistas. O tênis de mesa nacional ganhou um novo herói, que, com sua determinação e talento, promete continuar escrevendo sua história de sucesso no esporte.
A trajetória de Hugo Calderano reafirma a importância do esporte como ferramenta de superação e realização de sonhos, mostrando que, com trabalho árduo e paixão, é possível alcançar o que antes parecia impossível. A medalha de prata é prova de que o Brasil pode brilhar, mesmo em esportes tradicionalmente dominados por outras nações.
Com este feito, fica a esperança de que novas conquistas estejam a caminho, tanto para Calderano quanto para o tênis de mesa brasileiro, que, sem dúvida, se prepara para um futuro promissor.
