O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), está sinalizando sua intenção de mudar de partido, semelhante a movimentos de outros governadores como Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Raquel Lyra, de Pernambuco. Informações de aliados indicam que as negociações para que Riedel se filie ao PP estão avançadas, o que, se concretizado, deixaria o PSDB sem a liderança em nenhum estado.
Tucano em extinção?
A situação do PSDB tem gerado discussões acaloradas sobre seu futuro. Recentemente, o partido considerou aposentá-lo, junto com seu mascote, devido a fusões e mudanças estratégicas, como a proposta de fusão com o Podemos. Essa situação foi discutida em uma reunião em que o partido buscou alternativas para fortalecer sua posição política, sem sucesso visível até agora.
Costura política
A articulação para a possível filiação de Riedel ao PP está sendo coordenada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS), que busca manter um equilíbrio no apoio às várias siglas ao redor do governador. A intenção é não desagradar ninguém e garantir a solidariedade necessária para o projeto eleitoral do grupo nas próximas eleições, minimizando dissentimentos políticos.
Aliados em transição
O ex-governador Reinaldo Azambuja também está em processo de troca do PSDB para o PP, juntamente com o deputado federal Beto Pereira. Essa migração de aliados reforça a ideia da debandada do PSDB, fazendo com que outros integrantes do partido considerem a migração para legenda que não esteja em colapso. Além disso, Riedel e Azambuja têm se comprometido publicamente a dar suporte ao candidado do bolsonarismo à presidência em 2026, independentemente de quem for escolhido.
Acordos pré-eleitorais
Os termos para possíveis mudanças foram estabelecidos desde as eleições municipais de 2024, quando o PL decidiu não lançar candidato à prefeitura de Campo Grande, optando por apoiar Beto Pereira, do PSDB. Em contrapartida, essas movimentações foram alinhadas com a expectativa de que Azambuja e Pereira acabassem mudando de partido.
Reuniões estratégicas
Recentemente, Riedel e Azambuja se encontraram com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para discutir o futuro político de ambos. A definição era que nenhuma decisão seria tomada até a convenção nacional do PSDB marcada para o dia 5 de junho, onde se decidirá sobre a fusão com o Podemos. As negociações continuam, e a finalização das tratativas deverá ocorrer após a data estabelecida, quando as diretrizes do PSDB serão mais claras.
Futuro incerto do PSDB
A situação do PSDB é preocupante. Muitos de seus líderes estão considerando a fusão com o Podemos como um passo estratégico, mas há receios de que essa nova entidade não seja suficiente para manter a relevância partidária. A proposta de integração com outras legendas, como o Republicanos, ainda está em discussão, e a concretização dessas tratativas não é garantida. A falta de uma liderança forte no PSDB pode comprometer suas futuras eleições e sua estrutura organizacional.
Em resumo, a movimentação de Riedel e seus aliados para mudar de partido não é apenas uma estratégia individual, mas uma reflexão do estado fragilizado do PSDB no Brasil. O cenário político se mostra dinâmico e promissor para novas articulações, mas o sucesso dessas transições ainda depende de diversos fatores e das respostas do eleitorado nas urnas em 2026.