No último episódio do programa “Altas Horas”, exibido no sábado, 24, o ator Cauã Reymond, conhecido pelo papel de vilão César Ribeiro na novela “Vale Tudo”, abriu seu coração e surpreendeu o público ao contar sobre as dificuldades que enfrentou durante a infância. Revelando ter sofrido bullying, Cauã relatou que a situação era agravada por questões familiares, como a condição de saúde de sua mãe, que era HIV positiva.
A infância difícil de Cauã Reymond
Segundo o ator, seu sofrimento foi agravado por uma série de fatores que o cercavam. “Eu sofri muito bullying, minha mãe era HIV positivo, minha avó adotou minha mãe, que era mãe solteira e deficiente física. Minha tia, que também foi adotada, era esquizofrênica”, compartilhou Reymond. Estas experiências moldaram não apenas sua infância, mas também sua maneira de ver o mundo e contar histórias.
Cauã destacou a falta de uma figura masculina em sua vida, uma vez que seu pai residia em Santa Catarina. “Sofria muito bullying na rua porque meu pai morava em Santa Catarina, então não tinha ali uma figura masculina”, relatou, adicionando que essa ausência também gerou um sentimento de solidão no momento em que enfrentava dificuldades.
Sobre os impactos do bullying, o ator disse: “Às vezes chegava em casa e não tinha ninguém para falar, eu tinha vergonha. Minha mãe estava correndo atrás da vida, foi mãe muito nova, então eu não falava para ninguém.” Isso revela como algumas situações traumáticas moldam a vida de uma pessoa e suas futuras interações sociais.
Desentendimentos em ‘Vale Tudo’
Durante a conversa com o apresentador Serginho Groisman, Reymond foi questionado sobre questões polêmicas que cercaram as gravações de “Vale Tudo”, como supostas brigas com a atriz Bella Campos. Contudo, o ator preferiu não entrar em detalhes sobre essas situações, destacando apenas o comprometimento da equipe envolvida na produção.
“Posso falar que estamos trabalhando muito duro, são atores muito talentosos. Estamos fazendo a novela muito bem. Estou acostumado com esse tipo de situação”, disse Cauã, mostrando que sua prioridade é o sucesso da obra. Ele também se despediu de especulações sobre sua ausência em eventos sociais: “Sou um cara super caseiro, então estou acostumado com esse tipo de especulação”, acrescentou.
Cauã Reymond também expressou a gratidão que sente por atuar como César, enaltecendo o sucesso da novela e a evolução profissional que vem adquirindo ao longo dos anos. “Fico feliz com o sucesso da novela e com o presente que foi fazer o César. Está tudo rolando muito bem, o time está trabalhando sério”, finalizou o ator.
Reflexões sobre bullying e saúde mental
A abertura de Cauã Reymond sobre suas experiências pessoais traz à luz uma questão importante: o impacto do bullying, especialmente na infância, sobre a saúde mental. Histórias como a sua ajudam a desmistificar preconceitos e oferecem suporte àqueles que passam por situações semelhantes. Além disso, sua disposição para compartilhar essas vivências pode inspirar muitos a se posicionarem contra o bullying e a buscar apoio em momentos difíceis.
As experiências de Reymond mostram que, mesmo aqueles que parecem ter uma vida perfeita na tela, muitas vezes enfrentam suas próprias batalhas. A mensagem do ator é clara: a superação é possível e, acima de tudo, é essencial tratar esses temas com empatia e compreensão.
Em um cenário onde a saúde mental torna-se cada vez mais importante, a coragem de Cauã Reymond em expor suas vulnerabilidades se torna um ato de empoderamento, não apenas para ele mesmo, mas para todos que lutam contra o preconceito e buscam aceitação.
O episódio do “Altas Horas” serve como uma lembrança de que todos temos histórias e desafios, e a empatia é a chave para construir uma sociedade mais compreensiva e solidária.