Em Mirandópolis (SP), a família Shimasaki cultiva mais de 500 pés de abiu há 40 anos, aproveitando as características rústicas da planta que facilitam seu manejo e colheita. O abiu, uma fruta nativa do Brasil, conquista espaço com sua polpa doce e suculenta.
Cultivo e manejo do abiu no Brasil
Júlio Shimasaki, produtor local, acompanha a formação dos frutos, que ficam escondidos nas copas das árvores que podem atingir até 20 metros de altura na natureza. No sítio da família, as plantas chegam a cerca de seis metros, facilitando o manejo e a colheita.
A produção ocorre de duas a três vezes ao ano, com cada safra durando cerca de 60 dias. Os frutos, com casca amarela, podem chegar a 150 gramas. Para aumentar a atratividade dos frutos, a família investiu em técnicas de enxerto, usando plantas menores para garantir frutos maiores.
Técnica de enxertia garante frutos maiores
Segundo Júlio, a substituição de copa por enxerto, do tipo garfagem, foi determinante para obter frutos mais robustos. “No começo, plantamos abiu muito pequeno. Aí fizemos uma substituição de copa, com enxerto tipo garfagem”, explica.
Adaptação e mercado do abiu
Por ser uma planta resistente, o abieiro se adapta bem a diferentes tipos de solo e clima, especialmente com irrigação constante e chuvas frequentes, que favorecem boas colheitas. Toda a produção é encaminhada para a Ceagesp, em São Paulo, de onde segue para várias regiões do Brasil.
O valor de venda da caixa com 2,7 quilos fica em torno de R$ 60, considerado satisfatório pelos produtores. O mercado vê o abiu como uma fruta exótica, com potencial de crescimento diante da demanda por alimentos naturais e regionais.
Perspectivas para o cultivo de abiu no Brasil
O cultivo do abiu, que se adapta facilmente ao meio rural brasileiro, soma-se às iniciativas de valorização de frutas nativas. Investimentos em técnicas de cultivo e na ampliação da produção podem ampliar a presença do fruto em feiras, supermercados e mercados consumidores em geral.
Para saber mais, confira a reportagem completa no site do G1.
