A cidade do Rio de Janeiro deu um importante passo em direção ao bem-estar emocional de seus pacientes com a sanção de uma nova lei que implementa a Terapia do Riso na rede municipal de saúde. A iniciativa, aprovada em maio, visa proporcionar momentos de alegria e alívio no ambiente hospitalar, um aspecto fundamental na recuperação de pessoas em tratamento.
A importância do riso na recuperação
De acordo com o ator Paulo Gustavo, que recentemente deixou um legado no cenário cultural brasileiro, “o humor salva, transforma, alivia, cura. Traz esperança pra vida da gente.” Essa frase ressoa profundamente com a nova legislação, que acredita no poder do riso como um aliado na recuperação dos pacientes. A implementação da Terapia do Riso será feita em parceria com organizações não governamentais, associações e grupos especializados, garantindo que as atividades sejam contínuas e de qualidade.
Pablo Tavares, fundador da ONG Trupe Miolo Mole, que já atua há 12 anos em hospitais, expressou sua alegria com a legalização da terapia: “A lei é uma validação do trabalho que a gente faz há muitos anos pros hospitais. Ela só existe porque há muito tempo sonhávamos com isso.” O entusiasmo de Tavares reflete a esperança que a nova medida traz para pacientes, familiares e profissionais de saúde.
Terapia do riso: uma abordagem humanizada
O Papa Francisco, em uma de suas falas, destacou que o riso é uma ferramenta poderosa para enfrentar as dificuldades da vida. “Há mais de 40 anos rezo todos os dias a oração para pedir senso de humor. O senso de humor é um atestado de saúde,” afirmou. É exatamente isso que a Terapia do Riso busca disseminar dentro dos hospitais: um ambiente mais humanizado e acolhedor.
Benefícios para pacientes e profissionais
Profissionais da saúde, como a enfermeira Ana Paula Miranda, atestam o impacto positivo da terapia. “A presença deles muda completamente o ambiente. Ajuda até na humanização do hospital, e é tão positivo, não só para os nossos pacientes e as nossas crianças, mas para as famílias e até mesmo para nós, profissionais da área da saúde. Tem um impacto positivo emocional e, para além da alegria, a gente vê uma resposta terapêutica melhor dos nossos pacientes,” comenta Ana Paula.
Essa nova abordagem tem mostrado resultados promissores no contexto hospitalar, fazendo com que as pessoas se sintam menos sobrecarregadas e angustiadas durante o tratamento. A Terapia do Riso promove momentos de leveza, permitindo que pacientes e familiares soltem os risos diante da adversidade, trazendo um novo olhar para a vida e a saúde.
Preparação e Sensibilidade
Pablo Tavares esclarece que atuar como palhaço em hospitais exige muito mais do que apenas colocar um nariz vermelho e se colorir. “Quando a gente fala de palhaço em hospitais, a gente está falando de dar acesso à arte e cultura para quem não tem acesso,” explica. Essa sensibilização é essencial para que os profissionais da terapia possam compreender e interagir de forma adequada com os pacientes, levando um alívio não só físico, mas também emocional.
“Ser palhaço em um hospital é um desafio que vai muito além do superficial. É entender a dor e a necessidade do outro e, a partir daí, proporcionar uma nova experiência, onde o riso se torna um ato de cura,” complementa Tavares.
Conclusão: Um futuro mais leve na saúde
A Terapia do Riso no Rio de Janeiro representa uma mudança significativa no tratamento e humanização da saúde, trazendo alívio e alegria para aqueles que mais precisam. Com a implementação dessa lei, espera-se que outros estados e municípios sigam o exemplo e reconheçam a importância da alegria e do riso no contexto hospitalar. O futuro parece mais leve e menos solene, onde a cura pode vir acompanhada de sorrisos.
Essa nova fase na saúde carioca promete não apenas transformar o ambiente dos hospitais, mas também proporcionar uma nova experiência de cuidado e empatia para pacientes, familiares e profissionais, reafirmando que um sorriso pode, de fato, ser o melhor remédio.
