Brasil, 24 de maio de 2025
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Papa pede desarmamento e proteção aos civis em pronunciamento na ONU

O Papa Leão XIV destaca a urgência de ações concretas para combater a violência e proteger populações civis em seu discurso na ONU.

No último dia 22 de maio, durante um debate aberto no Conselho de Segurança da ONU, o Arcebispo Gabriele Caccia, Observador Permanente da Santa Sé, enfatizou a necessidade urgente de desarmamento e proteção dos civis. O pronunciamento ocorre em um contexto de aumento das tensões internacionais e de conflitos armados que afetam diretamente populações vulneráveis em diversas partes do mundo.

A urgência do desarmamento global

A Santa Sé destaca, através de seu representante na ONU, a importância de se pôr fim ao uso de armas indiscriminadas, como minas terrestres e munições de fragmentação, especialmente em áreas densamente povoadas. Caccia afirmou que é necessário interromper a produção e o armazenamento dessas armas, considerando essas medidas como passos concretos e urgentes para a proteção dos civis.

Em seu discurso, o Arcebispo, manifestou preocupação com o aumento do número e da intensidade dos conflitos armados ao redor do globo, que têm causado um sofrimento desproporcional à população civil. Ele sublinhou a relevância do direito internacional humanitário e a necessidade de respeito às Convenções de Genebra, expressando a urgência em se proteger aqueles que são mais vulneráveis e que não têm envolvimento nas hostilidades.

Conflitos atuais e suas implicações

A crise em Gaza, os ataques à população civil na Ucrânia e outras guerras esquecidas, que marcam a atualidade mundial, foram citados como exemplos de tragédias que não podem ser justificadas. O Arcebispo Caccia afirmou que a destruição de infraestruturas essenciais, como hospitais e escolas, e a negação de acesso humanitário são motivo de grande preocupação para a comunidade internacional. Segundo ele, essas ações não só configuram uma imensa tragédia humana, mas também uma violação grave dos princípios que sustentam a segurança internacional.

O discurso do representante da Santa Sé na ONU não passou despercebido, pois reflete um sentimento crescente entre líderes globais de que a paz deve ser priorizada para o bem da humanidade.

Reflexões do Papa Leão XIV

Na sequência das declarações feitas na ONU, o Papa Leão XIV recebeu representantes da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia. Embora não tenha feito discursos públicos, os bispos presentes relataram que o Papa expressou sua preocupação com o aumento dos gastos em armamentos, que, segundo ele, deve ocorrer em detrimento do apoio aos mais vulneráveis da sociedade.

Além disso, em recente encontro com representantes de diversas Igrejas e comunidades religiosas, o Papa destacou a importância de unir forças para dizer “não” à guerra e “sim” à paz. Ele ressaltou que, sem condicionamentos ideológicos e políticos, é possível trabalhar juntos em prol do desarmamento e do desenvolvimento integral das sociedades, combatendo a fome e a pobreza.

10 anos da encíclica Laudato Si’

As palavras do Papa sobre a convivência pacífica e a responsabilidade coletiva devem ser relembradas no 10º aniversário da encíclica social Laudato Si’, que aborda as questões ambientais e sociais de forma abrangente. O uso de recursos destinados ao rearmamento impede que sejam investidos em iniciativas que combatam a fome e a pobreza, refletindo uma escolha moral que deve ser repensada pela comunidade global.

Enquanto o mundo se rearma, a mensagem do Papa é um lembrete poderoso sobre a necessidade de priorizar a vida humana acima das disputas bélicas e armamentistas. Conforme as tensões aumentam, é crucial que as vozes em defesa da paz e do respeito aos direitos humanos sejam ouvidas e respeitadas. O chamado por uma ação coletiva e solidária ressoa mais forte do que nunca.

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