Brasil, 24 de maio de 2025
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Justiça bloqueia verba para atendimento domiciliar de jovem em Goiás

A Justiça Federal bloqueou R$ 156 mil para garantir atendimento a Thaís Medeiros, que sofreu graves lesões após reação alérgica.

Goiânia – A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 156.074,88 de recursos públicos para assegurar o atendimento domiciliar à jovem Thaís Medeiros, que apresentou sérias sequelas após sofrer uma reação alérgica ao cheiro de pimenta em conserva, em fevereiro de 2023. A decisão foi celebrada por sua mãe, Adriana Medeiros, que destacou a medida como uma “grande vitória” para o tratamento da filha.

A gravidade do caso

O incidente ocorreu durante um almoço na residência do namorado de Thaís, em Anápolis, Goiás. Após sentir o cheiro da conserva de pimenta, a jovem começou a passar mal, levando à sua internação imediata. Ela enfrentou uma parada cardiorrespiratória e passou 20 dias em uma unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico revelou edema cerebral e lesões irreversíveis.

Atendimento domiciliar garantido

Com a decisão da Justiça, a Prefeitura de Goiânia deverá garantir que Thaís receba o necessário tratamento domiciliar (home care) por um período de seis meses. Essa medida é fundamental para que a jovem possa ter uma qualidade de vida digna e adequada, dado o seu estado de saúde fragilizado. O bloqueio de verbas foi uma resposta ao descumprimento das determinações judiciais anteriores que garantiam o tratamento adequado, mesmo com a Prefeitura reconhecendo parcialmente a dívida.

A sentença que autoriza o bloqueio foi assinada pelo juiz Jesus Crisóstomo de Almeida. O juiz havia anteriormente estipulado que a Prefeitura deveria comprovar o fornecimento do atendimento domiciliar em um prazo de cinco dias, pena de multa diária de R$ 5 mil, tanto para a administração municipal quanto para o secretário de saúde. A ação judicial foi movida após a denuncia da família de Thaís, que alegou a falta de cumprimento da liminar estabelecida em 2023.

Uma luta pelo direito à saúde

A batalha judicial em torno do caso de Thaís reflete a luta de muitos brasileiros por direitos à saúde e o acesso a tratamentos adequados, especialmente em situações de emergência médica. A decisão também destaca a importância do acompanhamento e fiscalização sobre as promessas feitas por órgãos públicos, especialmente em relação a tratamentos de saúde essenciais.

A reação da família

Em suas redes sociais, a mãe de Thaís expressou sua gratidão pela decisão judicial. Adriana não só comemorou o bloqueio da verba, mas também destacou a importância do apoio da comunidade e dos amigos na luta pelo tratamento adequado de sua filha. “Foi uma enorme conquista e um reconhecimento da necessidade de um atendimento adequado para minha filha”, disse ela em um vídeo publicado em suas redes sociais.

Sobre a legislação e políticas públicas

Eventos como o que ocorreu com Thaís levantam questões fundamentais sobre as políticas públicas de saúde no Brasil. A Justiça tem tomado medidas efetivas para garantir que os cidadãos tenham acesso a tratamentos médicos necessários, e esse caso em particular é um exemplo claro da responsabilidade do Estado em prover cuidados essenciais à saúde de seus habitantes.

O papel da Secretaria de Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) afirmou estar ciente da decisão judicial e que todas as providências referentes ao caso estão sendo tomadas. A saúde pública deve ser uma prioridade, e ações como essa são um reflexo da necessidade de um sistema eficaz e que funcione para todos.

Essa situação expõe a fragilidade de muitos sistemas de saúde no Brasil, onde os cidadãos se veem forçados a recorrer ao Judiciário para garantir o acesso a tratamentos fundamentais para a sobrevivência e a qualidade de vida.

O caso de Thaís Medeiros é, portanto, não apenas uma luta pessoal, mas uma luta coletiva, que busca não apenas o atendimento médico para uma jovem mulher, mas o reconhecimento dos direitos dos cidadãos e a eficácia dos serviços de saúde no Brasil.

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