Brasil, 24 de maio de 2025
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Filme iraniano vence Palma de Ouro; Brasil leva dois prêmios em Cannes

O Festival de Cannes, um dos mais prestigiados do mundo, culminou com uma noite de glamour e surpresas. Neste sábado (24), o filme iraniano It Was Just An Accident, sob a direção de Jafar Panahi, conquistou a cobiçada Palma de Ouro. O evento também celebrou as produções brasileiras com o reconhecimento de Wagner Moura como melhor ator e de Kleber Mendonça Filho como melhor diretor pelo filme O Agente Secreto.

Vitória e resistência no cinema iraniano

Jafar Panahi, um nome relevante na cinematografia iraniana, é conhecido por seus posicionamentos políticos, frequentemente enfrentando a censura e prisões em seu país. A última vez que compareceu ao festival foi em 2003, com Crimson Gold. A trama de It Was Just An Accident gira em torno de Vahid, interpretado por Vahid Mobasseri, que sequestra um homem portador de uma perna mecânica, similar à de um antigo torturador. Este filme é um testemunho tanto do talento de Panahi quanto da realidade que enfrenta em seu país.

O Agente Secreto: uma jornada pelo Recife da ditadura

Do lado brasileiro, O Agente Secreto impressionou críticos e o júri do festival, sendo aplaudido por 13 minutos em sua exibição. O filme, que se passa em Recife em 1977, durante o período da ditadura militar, traz Wagner Moura no papel de um especialista em tecnologia que retorna à sua cidade natal e acaba enredado em uma complexa rede de conspirações.

A importância da arte segundo Juliette Binoche

A presidente do júri, Juliette Binoche, enfatizou o poder transformador da arte ao anunciar os vencedores. “A arte mobiliza a energia criativa da parte mais preciosa e mais viva de nós. Uma força que transforma a escuridão em perdão, esperança e vida nova”, afirmou Binoche, ressaltando como as obras cinematográficas podem impactar e emocionar as pessoas.

Reconhecimentos e prêmios em Cannes

Além da Palma de Ouro, o Grand Prix, o segundo maior prêmio do festival, foi concedido ao drama Sentimental Value, dirigido por Joachim Trier. Ao todo, 22 produções disputaram os principais troféus da 78ª edição do Festival de Cannes, onde o Brasil se destacou entre grandes nomes do cinema mundial, como Richard Linklater, Wes Anderson e os irmãos Dardenne, da Bélgica.

Essa edição do festival mostrou a diversidade e a força das narrativas cinematográficas, destacando talentos emergentes e consagrados. Agora, o mundo espera ansiosamente as repercussões desses vencedores em suas respectivas trajetórias no cinema, além do impacto que suas vitórias trarão para o cenário cultural em seus países.

Com um olhar atento às injustiças e à condição humana, tanto Panahi quanto Moura e Mendonça Filho reafirmam a importância do cinema como forma de expressão, resistência e relevância social. Assim, a história do cinema continua a se desdobrar em Cannes, solidificando sua reputação como um dos palcos mais importantes para a arte cinematográfica mundial.

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