Brasil, 24 de maio de 2025
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Filhos são presos por manter corpo do pai em casa por meses no Rio

Caso de idoso encontrado morto em decomposição revela suspeitas graves sobre filhos envolvidos.

No último dia 21 de maio, um caso chocante ocorreu na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro, onde um idoso foi encontrado morto em estado avançado de decomposição dentro de seu próprio apartamento. O aposentado Dário Antonio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos, era morador de um imóvel na rua Beni e seus filhos, Tânia e Marcelo Marchese D’Ottavio, foram presos sob a suspeita de estarem envolvidos na ocultação do corpo por vários meses. Este caso levanta questões sérias sobre negligência, possíveis crimes e a saúde mental dos envolvidos.

Contexto do crime

Segundo as autoridades, Dário deve ter falecido há pelo menos seis meses, mas a data exata e a causa da morte ainda estão sendo determinadas por perícias. O corpo foi encontrado após várias tentativas frustradas de vizinhos e até de funcionários da Clínica da Família, que relataram terem sido impedidos de entrar no imóvel por um dos filhos do idoso.

Os filhos de Dário, Tânia e Marcelo, foram vistos reagindo agressivamente à abordagem da Polícia Civil. Segundo relatos, Marcelo chegou a entrar em luta corporal com os policiais e até gritou que havia matado o pai. Ambos estão internados em unidades de saúde psiquiátricas e comparecerão a uma nova audiência marcada para próxima terça-feira, dia 27, para decidir seu futuro jurídico.

A história por trás do crime

Quem era Dário Antonio Raffaele D’Ottavio?

Dário era conhecido entre os vizinhos como um homem gentil e prestativo, que levava uma vida aparentemente tranquila, sempre sendo visto em sua varanda ou cuidando de seu carro. No entanto, isso contrasta com a cruel realidade que seus filhos mantiveram em segredo, levando a uma morte solitária marcada pela decomposição.

Investigações e denúncias

A investigação revela que o idoso não era visto desde novembro de 2023. Vizinhos relataram que tentaram alertar as autoridades várias vezes sobre o desaparecimento de Dário, levantando suspeitas de que ele poderia estar sendo mantido em cárcere privado pelos filhos. Uma testemunha mencionou que em uma de suas abordagens, Marcelo teria declarado “na sua casa ninguém entraria”.

Possíveis motivações financeiras

A própria Polícia Civil indicou que a situação financeira do idoso poderia ser uma das razões para a ocultação do corpo. De acordo com dados oficiais, Dário tinha benefícios ativos do INSS que totalizavam aproximadamente R$ 5.207,91 mensais, incluindo aposentadoria e pensão por morte. Esses valores levantaram suspeitas de que os filhos estariam se beneficiando financeiramente da situação.

Desdobramentos e o futuro dos envolvidos

Os dois filhos enfrentam acusações sérias, como ocultação de cadáver, resistência à prisão e lesão corporal. Além disso, há uma investigação em andamento para determinar se Dário foi vítima de homicídio. A comunidade ainda está em choque e as próximas audiências de custódia serão fundamentais para determinar se Tânia e Marcelo responderão em liberdade.

Este caso serve de reflexão sobre os laços familiares e as complexas dinâmicas que podem levar a tragédias como essa. Enquanto as autoridades continuam a investigar, a cidade do Rio de Janeiro se depara com a dura realidade de que, por trás de portas fechadas, podem existir histórias tristes e preocupantes. A sociedade deve ficar atenta e buscar proteção para aqueles que, muitas vezes, não têm voz.

Ao longo do desdobramento deste caso, é crucial que as comunidades se mobilizem para garantir que situações semelhantes não se repitam, promovendo uma cultura de cuidado e respeito pelos mais vulneráveis, especialmente na terceira idade. O próximo passo será o julgamento dos acusados e suas implicações na vida de todos os envolvidos.

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