No dia 21 de maio, a Justiça aceitou a denúncia de feminicídio contra Gilman Rodrigues da Silva, principal suspeito na morte de Delvânia Campelo da Silva, que ocorreu em março de 2025, na zona rural de Caseara, Tocantins. A decisão trouxe um sentimento de esperança para familiares e amigos, que agora aguardam ansiosamente o desdobramento do caso.
O que aconteceu com Delvânia Campelo
O crime chocou a população de Caseara, quando no dia 22 de março, Delvânia foi brutalmente espancada em uma chácara. Durante as agressões, a vítima conseguiu chamar por socorro através de um aplicativo de mensagens, demonstrando o desespero da situação. Apesar do pedido de ajuda, Gilman Rodrigues tentou desmentir a namorada em um grupo de mensagens, afirmando que estava tudo bem, o que trouxe ainda mais preocupação aos envolvidos.
Delvânia foi socorrida por um caseiro da propriedade e rapidamente encaminhada para um hospital na cidade. Devido à gravidade das lesões, foi transferida para o Hospital Geral de Palmas (HGP) no dia seguinte. Infelizmente, após mais de 20 dias internada, a jovem não resistiu e faleceu no dia 11 de abril, levando seus familiares a buscarem justiça.
Sentimentos de perda e busca por justiça
A amiga e cunhada de Delvânia, Kelly Cristina Gomes Campêlo, expressou a dor sentida pela família após a perda da jovem. “Não traz ela de volta, mas temos a sensação de que tudo está caminhando para o dever cumprido nosso, de correr atrás e buscar por justiça”, afirmou Kelly, em desabafo que retrata a angústia vivida por muitos que perdem entes queridos em circunstâncias violentas.
A denuncia do Ministério Público do Tocantins culminou em um processo judicial, levando Gilman a se tornar réu pela morte de Delvânia. O juiz Marcelo Eliseu Rostirolla da 1ª Escrivania Criminal de Araguacema aceitou a denúncia, dando início a uma nova etapa no processo judicial.
As alegações e defesas de Gilman Rodrigues
A defesa de Gilman Rodrigues busca impugnar sua prisão preventiva, alegando que ele é uma pessoa de boa conduta e que colaborou com as investigações desde o início. Os advogados argumentam que sua prisão foi baseada em argumentos genéricos e sob intensa comoção social, pedindo que o princípio da presunção de inocência seja respeitado.
Gilman se apresentou à polícia afirmando ter agido em legítima defesa, algo que gerou controvérsia nas redes sociais e na opinião pública. A justificativa de que Delvânia teria “vindo para cima” dele, em um momento de embriaguez, não convenceu muitas pessoas, que manifestaram apoio à família da vítima e justiça no caso.
A importância de discutir o feminicídio
Este trágico acontecimento levanta questões importantes sobre o feminicídio no Brasil, um problema que continua a assolar a sociedade. O caso de Delvânia, assim como tantos outros, destaca a necessidade urgente de discutir e implementar políticas públicas mais eficazes no combate à violência contra a mulher. A mobilização da sociedade é essencial para transformar essa realidade e promover um espaço seguro e justo para todas as mulheres.
O Brasil precisa avanzar no diálogo e oferecer suporte às vítimas de violência, criando redes de proteção e coletivos que ajudem a romper com ciclos de agressão. A luta por justiça e pela vida deve prevalecer em todos os cantos do país, e o apoio da comunidade é vital nesse processo.
Por fim, espera-se que a Justiça tome as medidas adequadas para responsabilizar Gilman Rodrigues, trazendo algum consolo à família de Delvânia Campelo e enviando uma mensagem clara de que casos de feminicídio não serão tolerados. A sociedade deve se unir para dizer um basta à violência e buscar justiça para todas as mulheres vítimas de agressões.