A Braskem confirmou ao mercado nesta sexta-feira que recebeu uma proposta de aquisição do empresário Nelson Tanure, voltada ao controle da companhia, atualmente dividido entre a Novonor (antiga Odebrecht) e a Petrobras. A negociação foi antecipada pelo colunista do GLOBO Lauro Jardim.
Controle e participação acionária na Braskem
Atualmente, a Novonor detém 50,1% das ações com direito a voto da Braskem, enquanto a Petrobras possui 47%. Segundo o acordo, a participação da ex-Odebrecht na companhia seria reduzida para 5%.
Negociações e andamento do processo
Em fato relevante divulgado na noite de sexta-feira, a Braskem informou que a Novonor assinou um acordo de exclusividade com o fundo de Tanure para negociar os termos da eventual transação. A operação ainda necessita do aval de cinco grandes credores da Novonor — Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, BNDES e Santander — que possuem garantias sobre as ações da companhia.
Reação do mercado e perspectivas
As ações da Braskem reagiram positivamente à notícia, subindo mais de 10% ao longo do dia. Ao final do pregão, os papéis eram negociados com alta de 9,15%, a R$ 11,09. A expectativa é de que o processo avance nos próximos meses, dependendo da aprovação dos credores e de negociações finais.
Contexto financeiro da Braskem
Apesar do otimismo do mercado, a Braskem enfrenta desafios financeiros. A dívida líquida da companhia atingiu US$ 6,6 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 25% em comparação com o mesmo período de 2024, apontam dados divulgados recentemente. Segundo especialistas, a venda de controle poderia ajudar na reestruturação financeira da empresa.
Próximos passos e cenário futuro
A Braskem afirmou que acompanha o processo de perto, embora não participe diretamente das tratativas. A conclusão da operação depende do aval dos credores e da definição de condições finais entre as partes. A expectativa é de que novidades sejam divulgadas nas próximas semanas, podendo impactar positivamente a estratégia de crescimento do grupo.
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