Brasil, 23 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Reação nas redes impulsiona recuo do aumento do IOF pelo governo

A pressão social e financeira levou o governo a revogar parcialmente o aumento nas alíquotas do IOF, após forte repercussão negativa.

O governo federal recuou nesta quinta-feira (23) do aumento nas alíquotas do IOF, após forte reação negativa nas redes sociais e entre agentes financeiros. A decisão veio minutos após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicar que revogaria a cobrança de 3,5% sobre remessas de fundos ao exterior.

Reação rápida nas redes sociais e impactos no mercado

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social (Secom), a repercussão negativa foi detectada em tempo real, influenciando a decisão do governo. “A pressão nas redes foi decisiva para a mudança de postura”, afirmou um assessor do governo. A reação surgiu após o anúncio do aumento, que passou a ser considerado uma medida impopular entre o público e os investidores.

Reunião de emergência no Palácio do Planalto

Ministros da Casa Civil, Relações Institucionais e Secom estavam reunidos no Planalto quando o ministro Haddad ligou de São Paulo, comunicando o recuo. Segundo relatos, houve divergência sobre o momento de anunciar a decisão, com Haddad defendendo que fosse na manhã de sexta-feira, enquanto Sidônio Palmeira, da Secom, insistia na divulgação imediata.

Ao final, a decisão de divulgar o recuo ocorreu ainda na noite de quinta-feira, com a elaboração conjunta da nota oficial por parte da equipe de comunicação e do Ministério da Fazenda.

Repercussões econômicas e estratégicas

O anúncio do aumento do IOF foi feito em meio a medidas simultâneas, como bloqueios no Orçamento de 2025. Apesar de o bloqueio R$ 31,3 bilhões no orçamento ter causado efeito positivo no mercado — com queda do dólar e alta na Bolsa —, o aumento do IOF provocou reação contrária imediata.

Integrantes do governo consideraram que a rápida reação e o recuo foram essenciais para evitar maiores prejuízos na percepção do mercado. “O recuo antes da abertura do mercado nesta sexta-feira foi fundamental”, avaliou uma fonte oficial.

Reação do mercado e reação do governo

Na tarde de quinta-feira, o governo anunciou simultaneamente o aumento do IOF e o bloqueio orçamentário. A comunicação logo foi interpretada como um esforço de controle das contas públicas, o que inicialmente foi bem recebido pelo mercado. Porém, a reação gerada pelas redes sociais e pelos agentes econômicos levou ao recuo imediato.

Segundo fontes do governo, a capacidade de resposta rápida foi determinante para minimizar os efeitos negativos e evitar uma crise de confiança. Assim, o governo conseguiu organizar uma mudança de postura antes da abertura do mercado nesta sexta-feira.

Para mais detalhes sobre o impacto do recuo do governo, consulte a reportagem completa da Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes