Brasil, 23 de maio de 2025
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Produção de café no Brasil deve cair mais de 6% em 2025, aponta Conab

A seca e a bienalidade negativa impactam a safra de café, que deve registrar redução na produção, especialmente no Sul de Minas.

A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra de café de 2025 indica uma queda de mais de 6% na produção em relação ao ano anterior, refletindo os efeitos de fatores climáticos e ciclos naturais da cultura. A estimativa é de uma colheita de aproximadamente 25,65 milhões de sacas em Minas Gerais, maior responsável pela produção do país, mesmo assim abaixo da safra passada.

Impacto da seca e da bienalidade negativa na produção de café

A previsão de queda já era esperada pelos especialistas e produtores, devido ao fenômeno da bienalidade negativa, um ciclo natural em que, após anos de alta produção, os cafezais diminuem o rendimento. Além disso, o longo período de seca, ocorrido entre abril e setembro de 2024, comprometeu o desenvolvimento dos cafeeiros, agravando os números previstos.

Segundo Arnaldo Botrel Reis, presidente da Comissão Técnica de Café da Federação dos Cafeicultores do Estado de Minas Gerais (FAEMG) e do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha, a estimativa da Conab pode ser conservadora. “A seca prejudicou bastante, e nossos técnicos que acompanham mais de 4 mil produtores apontam que a quebra pode ser ainda maior do que o previsto”, afirmou.

Fatores que influenciarão o volume final de produção

Reis destacou que ainda é cedo para determinar os números exatos da colheita, uma vez que o peso dos grãos também influencia na quantidade de sacas produzidas. “Este ano, os grãos estão menores, então será necessário mais quantidade para fechar uma saca de 60 quilos, o que impactará o volume final”, explicou.

Orientações para produtores diante do cenário desafiador

Em meio às dificuldades, Botrel orienta cautela na colheita e na comercialização do café. “É fundamental colher no momento ideal de maturação, com cuidado na lavoura e atenção à segurança dos trabalhadores. Quanto às vendas, a recomendação é negociar apenas o necessário neste momento”, aconselhou.

No Sul de Minas, principal polo produtor do estado, a colheita deve se estender até meados de setembro. Apesar da quebra na safra, a expectativa é que os produtores adotem práticas organizadas e técnicas para minimizar os impactos econômicos.

Para acompanhar as notícias mais recentes da região, acesse o g1 Sul de Minas.

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