Durante a 92ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que ocorrerá entre os dias 25 e 29 de maio em Paris, o Piauí receberá oficialmente o certificado internacional que atesta a sua condição de área livre de febre aftosa sem vacinação. A delegação brasileira que representará o estado será chefiada pelo presidente Lula e contará com a participação do secretário da Defesa Agropecuária do Piauí, Fábio Abreu, um dos principais responsáveis pela conquista.
Reconhecimento e desenvolvimento do setor agropecuário
O secretário Fábio Abreu destacou a importância desse reconhecimento, afirmando: “É o resultado de um trabalho conjunto entre o setor público, os produtores e a defesa sanitária, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi). Com o selo internacional, o Piauí poderá conquistar novos mercados, o que se reflete em mais desenvolvimento.”
A conquista do selo internacional representa uma expansão significativa nas oportunidades para o setor agropecuário piauiense. Com a certificação, o estado poderá exportar carne bovina para mercados mais exigentes, aumentando sua presença no comércio internacional. Em 2023, o Piauí já havia alcançado a certificação nacional de área livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação. Agora, com a validação internacional, a credibilidade sanitária do rebanho piauiense foi ainda mais reforçada.
Crescimento das vendas e abate bovino no Piauí
Os números do setor agropecuário no Piauí refletem um crescimento promissor. Em 2024, as vendas de animais no estado aumentaram mais de 10%, totalizando quase 500 mil cabeças negociadas. Desse total, cerca de um quarto foi destinado a outros estados, evidenciando um intercâmbio econômico crescente. O abate bovino também apresentou um aumento considerável, ultrapassando 100 mil cabeças, posicionando o Piauí entre os três estados com maior crescimento percentual no país.

Impactos diretos na economia local
As implicações econômicas da certificação são bastante significativas. A capacidade de exportar produtos carneiros para mercados internacionais mais restritivos, especialmente no que tange à segurança alimentar, deve resultar não apenas em um aumento nas receitas, mas também em investimentos vindos de empresas interessadas em fazer parcerias com os produtores locais. Essa nova realidade pode gerar empregos e contribuir para a sustentabilidade do setor, sempre crucial para o desenvolvimento econômico do Piauí.
Com a certificação, a imagem do estado ganha uma nova luz, garantindo que os produtos agropecuários são produzidos sob padrões de qualidade reconhecidos internacionalmente. Isso não apenas traz vantagens financeiras, mas também promove um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável, vital para o futuro do agronegócio no Piauí.

Essa conquista é um motivo de celebração para todos os piauiense, refletindo o esforço conjunto entre os setores público e privado em prol de um futuro promissor e saudável para a agropecuária do estado.