Brasil, 23 de maio de 2025
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Piauí apresenta a maior proporção de pessoas surdas no Brasil

Dados do Censo 2022 revelam que 1,6% da população do Piauí tem dificuldade de audição, evidenciando a necessidade de inclusão.

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados alarmantes do Censo Demográfico 2022, que revelam que o Piauí possui a maior proporção de pessoas com deficiência auditiva no Brasil. Quase 50 mil piauienses enfrentam dificuldades permanentes para ouvir, mesmo utilizando aparelhos auditivos, o que corresponde a 1,6% da população do estado com dois anos ou mais. Este quadro ressalta a importância de políticas de inclusão e acessibilidade aqui no Brasil.

A necessidade de inclusão e acessibilidade

Os dados obtidos durante o Censo não apenas destacam as dificuldades auditivas, mas também traçam o perfil sociodemográfico e educacional das pessoas com deficiência e diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA) no Piauí. De acordo com as informações, cerca de 297 mil piauienses apresentam algum tipo de deficiência, totalizando 9,3% da população nesse grupo etário — um dos maiores índices do Brasil.

Em nível nacional, apenas 1,3% dos brasileiros têm dificuldade permanente para ouvir, tornando o Piauí um estado em destaque na lista das maiores proporções, seguido pelo Rio Grande do Sul e Paraíba, ambos com 1,5%. Essa realidade exige um olhar atento das autoridades e da sociedade para a urgência de melhorias nas políticas de inclusão e acessibilidade no estado.

Desagregação dos dados: quem são os afetados?

A análise detalhada dos dados do Censo também revela informações significativas sobre gênero e faixa etária. No Piauí, 10,1% das mulheres apresentam alguma deficiência, em contraste com 8,5% dos homens. Enquanto isso, os dados de proporção masculina são os mais altos do país, e a proporção feminina é a terceira entre todos os estados brasileiros.

Além disso, a crescente incidência de deficiência está diretamente relacionada ao avanço da idade. No estado, 2,4% das crianças e adolescentes entre dois e 14 anos apresentam deficiência, enquanto impressionantes 37,5% dos idosos com 70 anos ou mais enfrentam dificuldades funcionais. Essa crescente necessidade de apoio às pessoas idosas e mais vulneráveis reforça o chamado por melhorias nas políticas públicas de saúde e assistência social.

Impactos na população de ascendência oriental

O Censo 2022 também traz à tona um dado curioso sobre a população de cor ou raça amarela no Piauí, que é a que apresenta a maior proporção de deficiência no estado: impressionantes 12,1%. Embora essa população represente apenas 0,09% do total dos piauienses, é importante que as políticas públicas considerem essa diversidade para garantir que todos tenham acesso às mesmas oportunidades e direitos.

Desafios e caminhos à frente

Em meio a esses dados crucialmente reveladores, fica evidente que o Piauí enfrenta desafios substanciais em termos de inclusão e acessibilidade. A necessidade de ações concretas é urgente; iniciativas sociais, educacionais, e de saúde devem ser intensificadas para atender à crescente proporção de pessoas com deficiência e suas necessidades.

Cidades do Piauí vêm se mobilizando para promover soluções criativas e inovadoras, como a produção de dicionários em libras e a inclusão de intérpretes em ambientes acadêmicos. Essas ações, embora ainda em estágios iniciais, são fundamentais para aumentar a conscientização e a inclusão social.

O Censo Demográfico 2022 serve como uma ferramenta valiosa que apresenta um retrato fiel da realidade atual do Piauí, destacando a importância de se desenvolver políticas públicas efetivas que não apenas reconheçam, mas também atendam à diversidade dos piauienses. O caminho para uma sociedade mais inclusiva começa com a conscientização e a ação conjunta.

Considerações finais

Os resultados do Censo nos mostram que, apesar dos desafios, o Piauí possui um potencial enorme para se transformar em um exemplo de inclusão. É necessário um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e cidadãos para que possamos garantir a dignidade e os direitos das pessoas com deficiência e, especialmente, da comunidade surda. Ao final, uma sociedade inclusiva se beneficia de sua diversidade e reconhece que todos têm algo valioso a contribuir.

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