O dono do site de conteúdo adulto OnlyFans, Leonid Radvinsky, está avaliando a venda da rede social, numa operação que pode avaliar a empresa em cerca de US$ 8 bilhões, segundo uma fonte familiarizada com o assunto. A OnlyFans, sediada em Londres, é conhecida por hospedar conteúdo pornográfico que é proibido na maioria das outras redes sociais, e está examinando diversas propostas.
Negociações em fase inicial
As discussões para a possível venda ainda estão em um estágio inicial e, conforme a fonte que pediu anonimato por se tratar de deliberações privadas, nenhuma decisão final foi tomada até o momento. O valor de compra pode ser atrativo, mas qualquer acordão deve lidar com os riscos inerentes ao conteúdo adulto, que é um dos fatores que complicam a operação.
A Reuters já havia noticiado anteriormente que um consórcio liderado pela Forest Road Company estava explorando uma proposta de compra do OnlyFans, o que indica que a procura pelo site tem gerado interesse significativo no mercado.
Resultados financeiros e crescimento
A OnlyFans lucra cobrando uma taxa de 20% sobre as assinaturas, permitindo que os criadores vendam acesso exclusivo a vídeos, fotos e chats. No último ano, a rede registrou um lucro de cerca de US$ 485,5 milhões, o que representa um aumento de 20% em relação ao ano anterior, segundo relatório da holding Fenix International Ltd.
Em 2021, a empresa havia sido avaliada em US$ 1 bilhão, e, para atrair novos usuários, tem buscado diversificar seu conteúdo. A plataforma tem recebido treinadores, comediantes e cantores para ampliar seu público e explorar novos segmentos que vão além do conteúdo adulto.
Os dividendos de Radvinsky
Leonid Radvinsky, que é o único dono da Fenix, recebeu mais de US$ 1 bilhão em dividendos nos últimos três anos, conforme mostram registros financeiros do Reino Unido. Radvinsky adquiriu a participação majoritária no OnlyFans em 2018, dos fundadores Guy e Tim Stokely, que criaram a plataforma em 2016. Nascido na cidade portuária ucraniana de Odessa, sua família se mudou para Chicago durante sua infância e atualmente ele reside na Flórida.
A busca por novos caminhos
Procurado pela Bloomberg, um representante da OnlyFans não quis comentar sobre o assunto. Leonid Radvinsky também não respondeu a um pedido de declaração. A análise da venda da plataforma acontece em um momento em que a OnlyFans busca não apenas se firmar no mercado, mas também explorar novos caminhos, buscando diversificação em seu conteúdo e ampliando sua base de usuários.
Com as negociações ainda em andamento e a situação econômica global influenciando o mercado, investidores e interessados acompanharão de perto os desdobramentos sobre a venda do OnlyFans, que tem se tornado cada vez mais relevante em um mundo digital em constante transformação.
Em um cenário onde a aceitação de plataformas de conteúdo adulto está crescendo, as oportunidades que surgem podem destacar ainda mais a OnlyFans, não apenas como uma rede social, mas também como uma plataforma atrativa para criadores de conteúdo de diversas áreas.
Com um futuro incerto, mas promissor, a OnlyFans poderá se tornar um case de sucesso na reestruturação de um negócio voltado para o entretenimento sexual, enquanto navega pelos desafios e riscos que vêm atrelados ao seu modelo de negócio.
