Brasil, 23 de maio de 2025
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Novas mudanças no IOF e o impacto nas viagens internacionais

O governo anunciou mudanças no IOF que afetam viagens internacionais e operações financeiras. Entenda as novas alíquotas e seus efeitos.

Após a recente decisão do governo de congelar gastos em R$ 31 bilhões, um novo decreto introduziu alterações na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para atividades de câmbio, crédito e seguros. A medida, que já recebeu críticas do mercado, revogou partes do decreto quase imediatamente após sua publicação, gerando incertezas sobre a arrecadação e as novas alíquotas.

Entenda as novas alíquotas do IOF

O Ministério da Fazenda previa uma arrecadação de R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026, mas com a recente reviravolta, essas projeções se tornaram incertas. Uma das principais alterações é a unificação da alíquota do IOF nas operações de câmbio, que agora é de 3,5%. Essa alíquota se aplica também nas remessas de fundos de investimentos para o exterior, que anteriormente eram isentas de impostos.

As operações com cartão de crédito e débito internacionais também sofreram modificações: até 2022, a alíquota era de 6,38%, e o governo anterior havia iniciado um plano de redução para zerá-la até 2029. No entanto, a partir de agora, a nova taxa será de 3,5%, o que representa um aumento em relação ao que estava sendo praticado neste ano, que era de 3,38%.

Impacto nas viagens e nas finanças pessoais

Com as alterações, quem planeja viajar para o exterior deve se preparar para desembolsar mais ao trocar moeda ou usar cartões internacionais. O aumento do IOF na compra de moeda em espécie e neste tipo de conta é uma preocupação, já que o imposto que antes era de 1,1% passou para 3,5%. Esse cenário poderá incentivar os turistas a repensarem suas estratégias financeiras ao viajarem.

A mudança também pode afetar diretamente as compras e investimentos no exterior. O governo parece estar sinalizando um desincentivo à saída de recursos do Brasil, em um momento onde a estabilidade econômica é essencial. As novas regras parecem ser uma tentativa de evitar a evasão fiscal, especialmente entre os brasileiros que buscam alternativas de investimento fora do país.

Objetivo das mudanças no IOF

Os secretários da Fazenda, incluindo o chefe da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, justificaram as novas medidas dizendo que a uniformização das alíquotas visa corrigir distorções fiscais. Barreirinhas destacou que o governo não tem interesse em que os brasileiros que abrem contas fora do país paguem menos impostos do que turistas convencionais, ressaltando a necessidade de um sistema tributário mais justo.

Além disso, o governo anunciou a introdução de uma alíquota de 5% para planos de seguros de vida (VGBL) com aportes mensais acima de R$ 50 mil, o que apresenta uma nova estratégia para tentar equalizar a carga tributária e evitar que certos produtos financeiros sirvam como brechas para a evasão fiscal.

Operações de crédito e efeitos no mercado financeiro

Outro aspecto importante é a mudança nas taxas de crédito. O governo aumentou a alíquota fixa aplicada às empresas de 0,38% para 0,95%, mantendo a alíquota para microempreendedores e pessoas físicas em 0,38%. Esse aumento deve ter implicações sobre o custo do crédito para as empresas, o que pode afetar seus investimentos e expansões no futuro.

Com as novas condições, as cooperativas também serão afetadas, tendo a alíquota ajustada para se equiparar à das empresas se realizarem operações superiores a R$ 100 milhões por ano. A mudança nas regras de IOF reflete tanto uma busca por aumento na arrecadação quanto uma estratégia de controle sobre a movimentação de capitais internacionais.

Considerações finais

Essas alterações no IOF e suas implicações traçam um panorama complicado para o mercado financeiro brasileiro e para qualquer brasileiro que planeja viajar ou investir no exterior. O governo, alegando a necessidade de uniformização e combate à evasão, parece estar ajustando o fluxo de capitais para um cenário de maior controle, em meio a uma crescente demanda por estabilidade fiscal e segurança econômica. As reações ao longo das próximas semanas deverão ser acompanhadas, especialmente em relação à aprovação e acolhimento das novas regras pelo mercado e pela população.

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