No último dia 22, Brasília viveu momentos de tensão quando Flávio Pacheco da Silva, de 42 anos, detonou um artefato explosivo em frente ao Ministério do Desenvolvimento Social. A Polícia Militar foi chamada para gerenciar a situação e o prédio foi isolado imediatamente. A ação resultou na detenção do homem e na conversão de sua prisão em flagrante para preventiva, por tempo indeterminado, após decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Motivos da prisão e a ameaça à ordem pública
De acordo com as autoridades, Flávio não apenas explodiu um dispositivo explosivo, mas também ameaçou funcionários da instituição. O juiz responsável pelo caso considerou que, apesar de se tratar de um réu primário, sua conduta causou um “grave abalo à ordem pública”. Em sua avaliação, o estado mental e as intenções do homem eram de alto risco. Flávio foi ouvido por uma vigilante do ministério, à qual disse que, se seu acesso fosse negado, “jogaria uma bomba e mataria todo mundo”.
Condições do acusado e situação familiar
Antes da audiência que decidiu pela prisão preventiva, Flávio foi submetido a uma avaliação psicossocial. No relatório, ele revelou a intenção de fugir para o Gabão, na África, o que, segundo os psicólogos, aumentou as preocupações da Justiça acerca de sua periculosidade.
Na hora da explosão, Flávio estava acompanhado de sua esposa grávida e de duas crianças, de 2 e 4 anos. Após a detonação, a esposa foi levada para um hospital, mas sem ferimentos, enquanto as crianças foram encaminhadas para um serviço de assistência social.
A reação das autoridades e a segurança pública
A polícia agiu rapidamente após o incidente. A Operação Petardo foi acionada para lidar com ameaças de bombas, numa resposta adequada às circunstâncias, que poderiam ter causado um desastre maior. A explosão, ouvida por funcionários do ministério, deixou muitos em pânico. Estagiários e auxiliares de escritório relataram que ouviram um barulho alto antes de começar a corrida para entender o que estava ocorrendo.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) revela que encontrou dois artefatos: um pequeno explosivo que foi detonando e cerca de 20 “bombinhas” em uma mochila que estava com Flávio. A tentativa de explosão inicial fez com que os trabalhadores do ministério buscassem abrigo e segurança em meio ao caos.
Declaração do Ministério do Desenvolvimento Social
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome se manifestou sobre o ocorrido e elogiou os esforços da PMDF no controle da situação. Também informaram que as investigações para compreender as motivações do homem continuam a todo vapor. A instituição se coloca à disposição para colaborar com as autoridades e garantir que o caso seja esclarecido da melhor forma possível.
Esse incidente chocante levanta questões sobre segurança pública e a capacidade das instituições de proteger seus funcionários e a população em momentos de crise. Com as investigações em andamento, a sociedade aguarda por respostas e a responsabilização dos envolvidos, sempre na busca de preservar a segurança e a ordem pública em Brasília.