Uma granja localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, próxima ao foco de gripe aviária em Montenegro, iniciou nesta sexta-feira (23) o abate de aproximadamente 60 mil galinhas por precaução. A decisão foi tomada de forma unilateral pela propriedade, mesmo sem identificação de casos ou sintomas nas aves.
Propriedade realiza abate preventivo sem casos confirmados
De acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), fiscalizações no local confirmaram que as aves estão saudáveis, sem sinais de doença ou mortes. A medida ocorreu na tentativa de evitar o risco de contaminação na região, que está sob vigilância devido ao foco divulgado na propriedade rural vizinha.
“A granja optou pelo abate por estar dentro do raio de 10 km do foco de gripe aviária. Foi uma decisão própria da propriedade”, explicou a Secretaria. As galinhas estavam em momento ideal de abate, com idades entre 40 e 49 dias, e serão comercializadas após os procedimentos.
Contexto e ações do governo do RS
O governo do Rio Grande do Sul já concluiu a limpeza e desinfecção da granja de Montenegro na quarta-feira (21). Com isso, foi iniciado o período de 28 dias de “vazio sanitário” nesta quinta-feira (22), prazo considerado crucial para garantir que o vírus não permaneça no ambiente. Durante esse período, não haverá atividade de criação na propriedade, contribuindo para a contenção da doença.
Segundo o Ministério da Agricultura, a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne e ovos de aves e, até o momento, não há registro de transmissão para humanos no Brasil.
Casos confirmados no RS e relação entre eles
O foco inicial da doença foi detectado em uma propriedade rural vinculada à Vibra Foods, que tinha 17 mil aves. A maior parte morreu devido à doença, enquanto as demais foram sacrificadas. Além disso, a gripe foi confirmada no Zoológico de Sapucaia do Sul, onde mais de 90 aves silvestres foram vítimas do vírus, que apresentou a mesma cepa nas duas investigadas áreas.
A Secretaria de Agricultura afirmou que “ainda não é possível estabelecer uma relação direta entre os casos”, embora ambos tenham cepas semelhantes, reforçando a necessidade de monitoramento constante na região.
Perspectivas futuras e segurança sanitária
Com o início do vazio sanitário, o governo espera que o Brasil seja considerado livre da doença após 28 dias, desde que não haja novos focos. Essa estratégia visa proteger a produção de carne de frango do país, que é uma das maiores do mundo, e garantir a segurança do setor.
Especialistas apontam que ações de prevenção e controle, como o abate preventivo e o período de isolamento, são essenciais para evitar a disseminação da gripe aviária no Brasil, que até o momento não registrou casos em humanos.
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