Brasil, 23 de maio de 2025
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Governo recua e mantém IOF mais alto para pessoa física após anúncio de aumento

Após anunciar aumento do IOF para operações de crédito, governo voltou atrás e preservou alíquotas para compra de dólar e remessas internacionais

A equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (22) um aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) em operações de crédito, sobretudo para empresas e transações cambiais como compra de dólar em espécie e investimentos no exterior. No entanto, horas depois, o governo revogou parcialmente a medida, mantendo o IOF mais alto apenas para algumas aplicações.

Reversão do aumento do IOF para fundos no exterior

Inicialmente, o governo elevou o IOF sobre operações de câmbio para remessas de dinheiro ao exterior e compra de dólar em espécie, passando de 1,1% para 3,5%. Mas, na sexta-feira (23), decidiu revogar a elevação para os fundos de investimento brasileiros no exterior, retomando a alíquota zero para esse caso. Assim, a medida teve efeito somente para operações de compra de moeda estrangeira por pessoas físicas e remessas internacionais.

Posição oficial e avaliação do governo

Ao ser questionado sobre a decisão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o governo não considera a medida voltada para a grande massa da população. “Estamos praticando IOF menor do que o governo anterior. Havia brechas de escape, essas brechas foram fechadas. Não vai permitir a sonegação”, afirmou.

Anúncio inicial e justificativa

Antes da revogação, na coletiva de quinta, o governo defendeu a elevação do IOF para fundos no exterior, justificando que a alíquota zerada incentivava a transferência de recursos de brasileiros para o exterior de forma descontrolada. Segundo Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, a medida buscava evitar estímulos para movimentos de curto prazo que prejudicam o mercado doméstico.

Já Rogério Ceron, do Tesouro Nacional, apontou que a mudança pretendia criar uma política de médio e longo prazo, evitando a volatilidade e protegendo a indústria doméstica.

Reação do mercado e diálogo com o governo

Após o recuo, Haddad afirmou que o governo está aberto a corrigir suas decisões sempre que for necessário. Ele reconheceu que o recuo ocorreu após diálogo com o mercado financeiro, que teria gerado “ruído” sobre medidas relacionadas a juros, dividendos e remessas.

“Não temos problema em ajustar a rota, desde que o objetivo de reforçar o arcabouço seja mantido”, afirmou o ministro. Ele destacou que a postura de ouvir o mercado tem o objetivo de evitar especulações e mensagens equivocadas, reforçando o compromisso do governo com a estabilidade econômica.

Implicações e perspectivas futuras

A decisão reflete a tentativa do governo de equilibrar arrecadação e estabilidade, evitando impactos negativos para o mercado financeiro. Especialistas avaliam que o diálogo com o setor é essencial para evitar medidas que possam afetar a confiança dos investidores.

O governo sinaliza que continuará monitorando o impacto das medidas e que poderá revisar novas ações para garantir um ambiente econômico mais estável e previsível.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista

**Meta description:** Governo recua e mantém o IOF mais alto para pessoa física após anunciar aumento, ressaltando diálogo com o mercado e ajustes na política.
**Tags:** economia, política econômica, IOF, mercado financeiro, governo Lula

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