Brasil, 23 de maio de 2025
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Governo mantém aumento do IOF nas viagens internacionais, apesar de revisão em outros setores

Medidas do governo Lula elevam alíquotas do IOF para gastos no exterior, tornando viagens mais caras mesmo com recuos em outros tributos

Apesar de revogar parcialmente o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em algumas operações de câmbio, o governo Lula decidiu manter as altas nas alíquotas para gastos no exterior, impactando o bolso dos viajantes internacionais. O anúncio ocorreu nesta semana, após ajustes nas medidas inicialmente planejadas.

Impacto nas viagens ao exterior

O aumento na alíquota do IOF afeta operações com cartões de crédito e débito internacionais, cartões pré-pagos e cheques de viagem, passando de 3,38% para 3,5%. Já nas remessas de recursos para contas no exterior e na compra de moeda estrangeira em dinheiro, a alíquota subiu de 1,1% para 3,5%.

De acordo com o Ministério da Fazenda, as mudanças unem as alíquotas, buscando uma “isonomia de tratamento” entre diferentes operações de câmbio e remessas financeiras. O órgão justificou que as medidas visam promover uma “justiça tributária” e evitar distorções. Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, afirmou que a iniciativa busca uma “equalização” tributária.

Repercussões e ajustes nas medidas

As alterações nas alíquotas provocaram impacto negativo nos mercados financeiro e cambial. O Ibovespa caiu 0,44%, fechando em 137.272 pontos, enquanto o dólar subiu 0,32%, valendo R$ 5,66 na semana. Em decorrência da reação, o governo revogou parte das mudanças inicialmente anunciadas na noite de quinta-feira.

Entre as medidas revogadas, está a incidência do IOF sobre aplicações de fundos nacionais no exterior, inicialmente prevista em 3,5%, que voltou a não incidir sobre esse tipo de investimento. Além disso, a cobrança de IOF nas remessas ao exterior feitas por pessoas físicas também foi revista, permanecendo com a alíquota de 1,1%.

Perspectivas sobre o horizonte do IOF

Previsto inicialmente, o IOF para compras ao exterior passaria por uma redução gradual até zero em 2028, conforme o plano da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil, porém, tem priorizado menos a adesão à entidade, e as mudanças atuais interromperam temporariamente essa trajetória de diminuição do tributo.

Segundo o planejamento de 2022 do governo Bolsonaro, a alíquota de 6,38% deveria cair gradualmente até zerar em 2028, passando por etapas anuais, mas essa trajetória está atualmente em revisão, refletindo decisões políticas e econômicas do governo Lula.

Reação do mercado e próximos passos

Após o anúncio das mudanças, o mercado financeiro reagiu de forma negativa, evidenciada pela retração do Ibovespa e pela alta do dólar. Por isso, o governo decidiu ajustar as medidas, retirando a elevação do IOF sobre investimentos estrangeiros e remessas de recursos por pessoas físicas, buscando equilíbrio e estabilidade no cenário econômico.

O Ministério da Fazenda reforçou que as avaliações continuam, e que novos ajustes poderão ocorrer conforme as condições econômicas evoluam. A expectativa é de que o impacto fiscal dessas mudanças ainda seja monitorado para guiar futuras ações.

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