Brasil, 24 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Galípolo elogia rapidez de Haddad ao recuar no aumento do IOF

Presidente do BC destaca o acerto do ministro da Fazenda ao reverter mudanças no imposto, evitando impacto negativo no mercado financeiro

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, elogiou nesta sexta-feira (23/5) a “tempestividade” do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao revogar parte do aumento nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incide sobre operações de crédito, câmbio e seguro.

Reação rápida e reconhecimento pelo mercado

As medidas provocaram repercussão negativa no mercado financeiro, levando o governo a retornar, em poucas horas, à alíquota original do imposto, após o anúncio do aumento. Segundo Galípolo, essa rapidez demonstra o entendimento do Ministério da Fazenda sobre a importância da estabilidade econômica e a sensibilidade às reações do mercado.

Durante o XI Seminário de Política Monetária, realizado pelo Centro de Estudos Monetários do Ibre/FGV no Rio de Janeiro, o presidente do BC afirmou que, atualmente, “a questão fiscal no Brasil passa quase por um trilema” devido à complexidade do cenário.

Ele destacou também o esforço do ministro Haddad e da ministra do Planejamento, Simone Tebet, em participar do debate fiscal, e elogiou a postura democrática do ministro ao ouvir as reações e corrigir a trajetória do projeto sem causar maiores prejuízos.

A importância do esforço fiscal e posição sobre o IOF

“Ficou claro que o objetivo do Ministério da Fazenda era cumprir a meta fiscal, promovendo justiça tributária e sustentabilidade”, afirmou Galípolo. Apesar de sua antipatia pessoal ao IOF sobre remessas ao exterior, ele deixou claro que essa posição não interfere em suas funções institucionais, mantendo a separação entre as políticas monetária e fiscal.

Reunião prévia ao recuo

De acordo com apuração da coluna Igor Gadelha, o Palácio do Planalto consultou Galípolo antes do anúncio do recuo nas alíquotas. No encontro, o presidente do BC manifestou sua oposição ao uso do IOF como instrumento de ajuste fiscal, reforçando sua resistência à medida.

Em images, Galípolo foi visto com o presidente Lula e integrantes do governo, reforçando sua influência no debate político e econômico do momento.

Gabriel Galípolo e Luiz Inácio Lula da Silva

Recuos nas alíquotas do IOF

O primeiro recuo refere-se à tributação das aplicações de fundos nacionais no exterior, cuja alíquota foi revertida de 3,5% para zero, após a reação do mercado. O segundo envolve a cobrança sobre remessas ao exterior por pessoas físicas, que permanece hoje em 1,1%, sem alterações.

Segundo a pasta, esses ajustes foram feitos de forma “equilibrada”, ouvindo o país e corrigindo rumos sempre que necessário. O governo viu a necessidade de reavaliar as mudanças para evitar maiores impactos econômicos.

“Foi uma resposta rápida ao entendimento de que o aumento das alíquotas poderia prejudicar o clima de confiança e a sustentabilidade fiscal”, destacou o ministério em publicação no X (antigo Twitter).

Essa ação ilustrada por Galípolo reforça a importância do diálogo entre o BC e o Ministério da Fazenda na condução das políticas econômicas em tempos de desafios fiscais.

Fonte: Metropoles

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes