A Defesa Civil do Estado do Piauí promoveu uma importante reunião nesta segunda-feira (19), onde formalizou uma parceria com representantes do Instituto Federal do Piauí (IFPI). O objetivo é dar início à segunda fase de execução do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil (PEPDEC), uma iniciativa que visa fortalecer a segurança e a resiliência das comunidades piauienses.
Importância do mapeamento de riscos para o PEPDEC
Como parte do acordo firmado, o IFPI comprometeu-se a disponibilizar uma equipe de pesquisadores que dará suporte à Defesa Civil em uma das ações centrais do plano: o mapeamento dos riscos nos territórios de desenvolvimento. Essa ação se destaca como um marco inédito na política pública de defesa civil do estado, uma vez que permitirá um entendimento mais profundo sobre as vulnerabilidades locais.
O mapeamento de riscos será realizado nos municípios-polo de cada território, e espera-se que os modelos gerados a partir dessa experiência possam ser replicados em outros municípios, ampliando o alcance das políticas de proteção e defesa civil. A meta é que, ao longo da vigência do PEPDEC, essa colaboração entre a Defesa Civil e o IFPI possibilite a extensão do mapeamento para os 224 municípios do Piauí.
Fortalecendo a participação comunitária
A participação da comunidade é um pilar fundamental na execução do PEPDEC. A Defesa Civil destaca a importância do engajamento social, especialmente entre as comunidades ribeirinhas e aquelas localizadas em áreas de risco. Será utilizada a metodologia de mapeamento comunitário de riscos, que visa envolver os moradores na identificação das ameaças locais, promovendo assim a construção coletiva de soluções para os desafios enfrentados.
Essa abordagem não apenas fortalece o protagonismo das comunidades, mas também aumenta a eficácia das políticas públicas, garantindo que as ações de prevenção e resposta sejam adaptadas às realidades locais.
Elaboração de planos de contingência municipais
Com as informações coletadas através dos mapeamentos técnicos e comunitários, espera-se que cada município possa elaborar seu próprio plano de contingência. Esses documentos são cruciais para organizar ações de prevenção, resposta e recuperação em situações de desastre, proporcionando um guia claro para a atuação em momentos críticos.
A Defesa Civil do Estado enfatiza que esta fase é essencial para a consolidação da política pública de proteção e defesa civil em nível local, assegurando mais segurança e resiliência às populações mais vulneráveis, que muitas vezes são as mais afetadas por desastres naturais.
O futuro da proteção civil no Piauí
O papel do IFPI como parceiro estratégico é crucial. Desde a concepção inicial do PEPDEC, a instituição tem contribuído com expertise e pesquisa, que são fundamentais para a implementação de ações efetivas. Participaram da reunião, representando a Defesa Civil, o diretor de Prevenção, Werton Costa, e o coordenador do Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegrid), Michel Francisco. Pelo IFPI, estavam presentes a professora Sâmia Chaves e o reitor Paulo Borges, que têm se empenhado em alinhar estratégias para a implementação e comunicação do plano.
Essa parceria representa um passo significativo na direção da proteção civil no estado do Piauí, podendo servir como modelo para outros estados e iniciativas no país.
O PEPDEC, portanto, não é apenas uma resposta a desastres, mas uma oportunidade de engajar a sociedade e construir coletivamente um futuro mais seguro e resiliente para todos os piauienses.
Com essa iniciativa, espera-se que o Piauí possa avançar na construção de um sistema de proteção civil que não apenas responda a desastres, mas que também previna e minimize os impactos de futuras calamidades, garantindo um ambiente mais seguro para todos.
