Brasil, 23 de maio de 2025
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Bolsonaro e aliados criticam aumento do IOF pelo governo Lula

Ex-presidente e parlamentares se manifestam contra medida anunciada pelo Ministério da Fazenda, considerando-a prejudicial à economia.

A recente decisão do governo Lula de aumentar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ligado ao câmbio gerou uma onda de críticas abrangentes. O ex-presidente Jair Bolsonaro e vários de seus aliados apontaram a medida como um desestímulo a investimentos, argumentando que a mudança representa um retrocesso em relação à política fiscal implementada anteriormente.

Críticas ao aumento do IOF

Em um post no X, Jair Bolsonaro recordou que, em março de 2022, ele havia promulgado um decreto que zerava a alíquota do IOF câmbio até 2028. “Infelizmente, o atual governo, em sua ânsia por elevar a arrecadação, reverteu essa política e anunciou um aumento generalizado nas alíquotas do IOF câmbio”, criticou o ex-mandatário. Durante seu comentário, ele deixou claro que está em contato com lideranças do seu partido, o PL, para discutir a possibilidade de barrar mais esse aumento de impostos promovido pela atual gestão tributária.

Reação do senado e vereadores

Entre os parlamentares que se mostraram contrários à medida, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi incisivo. Ele descreveu o aumento do IOF como “efeito direto do caos fiscal e da agenda econômica bizarra da extrema-esquerda”. Além disso, republicou postagens que mencionavam a alta do dólar, que, nesta sexta-feira, abriu cotado a R$ 5,71, usando o apelido “Taxad” para referir-se ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no contexto do aumento de impostos sob sua gestão.

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, também expressou seu descontentamento. Ele insinuou que a medida do governo Lula seria “uma cortina de fumaça” para desviar a atenção de outros problemas enfrentados pelo governo petista. O senador Sérgio Moro, conhecido por suas críticas contundentes, também reagiu negativamente à mudança, afirmando que “estamos na República do improviso e parece que não tem ninguém responsável no governo Lula”.

Repercussão nas redes sociais

As redes sociais se tornaram um espaço de discussão fervorosa sobre a questão. O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) compartilhou um meme que associava Haddad à frase “Fazendo M*rda Adoidado”, fazendo uma referência ao clássico filme. Enquanto isso, o deputado André Fernandes (PL-CE) utilizou seu espaço para criticar os gastos excessivos do governo, lembrando da crise do INSS e fazendo menção a “escândalos e gastos exorbitantes com viagens ao exterior e anúncios de mais impostos”.

Essa troca de farpas e críticas que circundam o aumento do IOF é emblemática do clima político conturbado que o Brasil vive atualmente. As opiniões divergem amplamente entre os partidos e, conforme as eleições se aproximam, é esperado que tais discussões se intensifiquem.

Consequências para a economia brasileira

O aumento da alíquota do IOF, segundo especialistas, pode ter impactos diretos no fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil. Ao encarecer a realização de transações financeiras internacionais, o governo pode enfrentar uma dificuldade ainda maior em atrair capital externo. Isso porque investidores geralmente avaliam fatores como a carga tributária ao decidirem onde alocar seus recursos.

Além disso, a alta do IOF pode resultar em uma elevação geral dos preços de produtos importados, repercutindo na inflação. Nesse cenário, a população brasileira pode sentir diretamente os reflexos desse aumento em seu dia a dia, com produtos e serviços ficando mais caros.

Perspectivas para o futuro econômico

Enquanto a oposição critica intensamente o governo pelas novas medidas tributárias, o governo Lula defende sua posição como uma necessidade para equilibrar as contas públicas e garantir a sustentabilidade econômica a longo prazo. A divergência entre os lados não só polariza o ambiente político, mas também coloca a população em uma posição de incerteza quanto ao futuro econômico do país.

Enfim, as discussões em torno do aumento do IOF se mostram complexas e multidimensionais, envolvendo questões fiscais, políticas e sociais, todas elas interligadas em um contexto que promete ser decisivo para os rumos da administração atual e da próxima eleição.

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