Em uma demonstração comovente de gratidão e amor, a comunidade do Bairro de Marcos Moura, um dos mais carentes da cidade paraibana de Santa Rita, se uniu para homenagear o Papa Francisco. O espírito coletivo foi comandado pelo incansável Rodrigo Baima, que tem inspirado os jovens da região a seguir a mensagem de inclusão e acolhimento do pontífice. O evento ocorreu a um mês do falecimento de Bergoglio e dez anos após a publicação da encíclica ‘Laudato si’, que aborda a preservação do meio ambiente.
Uma homenagem coletiva e significativa
O Instituto Afro Aurora Dance coordenou uma produção audiovisual em que crianças, jovens, adultos e idosos se uniram para dizer “Obrigado, Papa Francisco”. O reconhecimento pelo trabalho do Papa em prol das periferias e das minorias foi apresentado a Pe. Xavier Paolillo, um missionário comboniano atuante no Projeto Legal, que atende mais de 120 crianças em situação de vulnerabilidade social.
Pe. Xavier expressou sua gratidão ao Papa, ressaltando que “um Papa que sempre levou em consideração as periferias existenciais se lembrou da nossa”. Ele destacou que a missão de Francisco em apoiar os mais pobres e garantir direitos dignos para todos continuará a ser uma luz de esperança nas comunidades em vulnerabilidade.
Marcos Moura no Vaticano
Uma história emocionante se desenrolou em 24 de maio de 2023, quando representantes do Bairro de Marcos Moura encontraram o Papa Francisco na Praça São Pedro. O encontro aconteceu em uma audiência geral, durante a qual o grupo de 21 jovens apresentou expressões culturais como dança e capoeira. O momento foi vivido com lágrimas de alegria e reconhecimento, onde as vozes da comunidade periférica foram valorizadas.
Rodrigo Baima, ao lembrar da experiência, enfatizou a dignidade que a visita ao Papa trouxe para a comunidade. “Sermos chamados pelo nome nos dá muita dignidade… O Papa Francisco foi um Papa das minorias, das comunidades periféricas”, disse Baima, relembrando como o pontífice sempre deu voz às pessoas mais necessitadas.
Legado e continuidade da luta
A homenagem ao Papa Francisco, no décimo aniversário da encíclica ‘Laudato si’, representa uma poderosa devoção às causas sociais e ambientais. “Continuaremos defendendo e lutando por uma casa comum, uma casa em que todos possam entrar, participar e se sentir acolhidos”, afirmou Rodrigo, que permanece ativo na defesa da Amazônia e na conscientização sobre questões ambientais e sociais através da arte.
As atividades realizadas em Marcos Moura não apenas reverberaram a mensagem de Francisco, como também solidificaram um compromisso contínuo com a paz e a justiça social. A visão do Papa, de um mundo onde todos têm os mesmos direitos, continua a ser uma meta a ser alcançada por aqueles que vivem nas margens da sociedade.
Além da dança e da música, a comunidade de Marcos Moura prometeu seguir adiante, unindo-se para trabalhar por um futuro melhor onde todos possam viver com dignidade e respeito. Este movimento é uma prova de que, mesmo diante de grandes desafios, a esperança e a união podem prevalecer.
Ao final da audiência, a energia do grupo foi contagiante. Os brasileiros dançaram e cantaram, celebrando não apenas o encontro com o Papa, mas também reafirmando o propósito de lutar pelas suas causas. A presença de Francisco em suas vidas permanece como uma inspiração imensurável para todos aqueles que desejam um mundo mais justo e igualitário.
Com esses gestos, a comunidade de Marcos Moura reafirma que a luta por uma casa comum, onde todos possam se sentir acolhidos, é uma missão coletiva e continua viva, impulsionada pela força e fé de cada um.