Mesmo em meio a um cenário desafiador para o capital de risco, as startups de entretenimento e da chamada “economia do conteúdo” captaram R$ 415 milhões desde janeiro de 2023. Esses dados são parte de um estudo exclusivo que será divulgado pela consultoria Liga Ventures em colaboração com o Rio2C, evento sobre a indústria da criatividade que ocorrerá na próxima semana no Rio de Janeiro.
Crescimento expressivo no setor de entretenimento
A cifra reportada já supera o total de investimento levantado por startups do setor durante todo o ano passado. O levantamento analisou 527 startups ativas no Brasil, focadas em tecnologias que transformam a maneira como os conteúdos são produzidos, consumidos e comercializados, com ênfase em experiências interativas e novos modelos de negócios no entretenimento.
Essas startup têm demonstrado uma capacidade notável de adaptação e inovação, com cerca de um quarto (25,3%) delas surgindo desde a pandemia. As principais categorias que emergiram neste período incluem a produção de conteúdo (15%), gestão de campanhas de influência (14%), streaming e plataformas de conteúdo (10%), ferramentas para criadores de conteúdo (9%) e audiovisual (8%).
A importância da tecnologia na evolução do setor
O cofundador da Liga Ventures, Daniel Grossi, destacou que o Brasil é uma nação altamente conectada, com uma população que consome conteúdo digital em larga escala. “Isso cria um terreno fértil para startups de entretenimento e da economia do conteúdo. Além disso, a inteligência artificial generativa apresenta uma oportunidade significativa de aceleração para esse mercado. No entanto, para que isso se converta em resultados concretos, é essencial que o ecossistema seja construído e amadureça, e o Rio2C desempenha um papel crucial nesse processo”, afirmou Grossi.
Inteligência artificial e inovação no mercado
O estudo revela que 146 startups estão implementando inteligência artificial em suas soluções. As finalidades incluem recomendações personalizadas, criação de assistentes virtuais para geração de conteúdo, desenvolvimento de personagens virtuais, moderação de conteúdo e traduções automáticas. Essa utilização de tecnologia não apenas facilita a produção de conteúdo, mas também enriquece a experiência do usuário.
Rafael Lazarini, CEO do Rio2C, complementa que “os dados do estudo confirmam que o Brasil possui um ecossistema vibrante de startups focadas em entretenimento, conteúdo e na economia dos criadores, apresentando um potencial enorme para inovação e impacto”. Segundo Lazarini, a expansão dos investimentos, aliada ao uso estratégico de inteligência artificial, analytics e big data, evidencia um setor em plena transformação.
O futuro das startups de entretenimento no Brasil
A ascensão das startups de entretenimento no Brasil notavelmente reflete a capacidade do país de se adaptar e inovar em um cenário em constante mudança. As cifras impressionantes de captação de recursos e a crescente aplicação de tecnologias modernas, como a inteligência artificial, são indicativas de um futuro promissor para o setor. À medida que o ecossistema se desenvolve, será crucial que as startups continuem a aproveitar as oportunidades e a colaborar entre si, impulsionando o crescimento da economia criativa no Brasil.
O Rio2C, com sua significativa contribuição, se posiciona como um catalisador dessa transformação, reunindo talentos, investidores e inovadores que juntos podem moldar o futuro do entretenimento e da economia do conteúdo no país.
