Brasil, 22 de maio de 2025
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Petrobras mantém diretoria de transição energética sob controle do PT

Decisão do conselho da Petrobras reforça controle do PT em diretoria cobiçada pelo Centrão.

Na próxima sexta-feira, dia 23, o Conselho de Administração da Petrobras irá deliberar sobre a sucessão na Diretoria de Transição Energética, uma posição que ficará vaga no final de maio. O cargo é visado principalmente pelo Centrão, grupo político que busca expandir sua influência na estatal. A diretoria, atualmente chefiada por Mauricio Tolmasquim, permanecerá sob o domínio do PT, o que é considerado uma vitória para a CEO, Magda Chambriard, e uma derrota para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Indicação de William Nozaki como sucessor

Segundo informações apuradas pela equipe do blog, o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, William França, será indicado como interino na reunião, uma formalidade até que William Nozaki, o escolhido por Magda, complete as etapas de compliance exigidas pela companhia para assumir o cargo.

Nozaki já é membro do conselho e atua como gerente executivo de Gestão Integrada da Transição Energética, departamento que atualmente está sob a supervisão de Tolmasquim. Emily a promoção de Nozaki, que já está na companhia desde agosto do ano passado, após a nomeação de Magda.

O perfil do futuro diretor

William Nozaki é formado em Ciências Sociais pela USP e possui mestrado em Economia pela Unicamp, instituição que produziu muitos expoentes do pensamento econômico ligado ao PT, como Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES. No passado, Nozaki foi assessor de Mercadante no banco de desenvolvimento e chefiou uma comissão que promoveu a cooperação entre o BNDES e a Petrobras.

A nomeação de Nozaki pode ser vista como uma decisão que vem ao encontro da estratégia de Magda, que aparenta estar blindando a Diretoria de Transição Energética de qualquer pressão externa, especialmente do ministro Silveira. É notável também o afastamento de Tolmasquim, que não estava se saindo bem nas relações com a nova CEO.

O embate político e a influência do Centrão

Além de garantir o controle sobre a Diretoria de Transição Energética, a atuação de Magda reflete uma resistência a pressões do Centrão, que busca maior influência dentro da estatal. Filiado ao PSD de Gilberto Kassab, Silveira tem tentado aumentar sua representação na Petrobras, mas tem enfrentado resistência tanto de Magda quanto de outros conselheiros.

É relevante observar que a adesão de Silveira a questões da empresa tem sido contestada, especialmente após a demissão de Prates no ano anterior, que teve forte influência do ministro e do chefe da Casa Civil, Rui Costa. Essa movimentação demonstra como a política pode interferir diretamente na gestão da Petrobras e, por consequência, em decisões estratégicas fundamentais para a companhia.

Nozaki, por sua vez, possui um histórico que pode gerar desafios. Conhecido por sua crítica à abertura do mercado de gás e por opiniões que sugerem uma conspiração em eventos políticos recentes, sua postura será observada à medida que ele assume a liderança nessa nova fase.

Conclusão

Com a manutenção do cargo na Diretoria de Transição Energética sob a liderança do PT e a escolha de Nozaki como sucessor de Tolmasquim, o contexto político na Petrobras revela um equilíbrio de forças em que a nova gestão tenta consolidar seus poderes e limitar a influência externa. Resta saber como essas movimentações vão se traduzir na prática, especialmente em um ambiente político tão volátil e competitivo como o atual.

As movimentações no governo e na Petrobras seguem em andamento, e a expectativa é de que novos desdobramentos sejam vistos em breve. Assim, a relação entre política e administração pública continua a ser uma questão central no Brasil.

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